Como Fazer a Especialidade de Telecartofilia – avançado – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Telecartofilia – avançado

Aprofunde sua paixão pela telecartofilia! Aprenda a decifrar códigos, entenda tecnologias como o cartão indutivo e expanda sua coleção para se tornar um especialista. Este guia prático ajudará os desbravadores a conquistar a Especialidade de Telecartofilia – avançado.

Como fazer a Especialidade de Telecartofilia – avançado

Avançando no Hobby: O Próximo Nível da Telecartofilia

Para iniciar a jornada na Especialidade de Telecartofilia – avançado, é fundamental já ter conquistado a especialidade básica. Esse primeiro passo garante que o desbravador possua o conhecimento essencial sobre o hobby, como diferenciar telecartofilia de filatelia, entender o que torna um cartão raro e já ter iniciado uma coleção. Com essa base, é hora de mergulhar em conhecimentos mais técnicos e aprofundados.

Desvendando a Tecnologia: Como Funciona o Cartão Indutivo?

Um dos conhecimentos chave para esta especialidade é entender o cartão indutivo, tecnologia brasileira desenvolvida pelo engenheiro Nelson Guilherme Bardini e muito usada no país desde 1992. Diferente de outros modelos, ele não tem chip ou tarja magnética visível. Seu funcionamento se baseia na indução magnética.

Dentro do cartão, existem pequenos circuitos ligados a microfusíveis que representam os créditos. Ao inseri-lo no telefone público, uma corrente elétrica no aparelho cria um campo magnético. Esse campo, por sua vez, induz uma corrente no circuito do cartão, “queimando” os fusíveis um a um e debitando os créditos. Suas principais vantagens são o baixo custo, a resistência à umidade e calor, e a praticidade de poder ser inserido em qualquer posição.

Por Trás da Coleção: Quem Emitia e Imprimia os Cartões no Brasil?

No Brasil, a emissão dos cartões telefônicos era responsabilidade do Sistema Telebrás e, depois da privatização, das companhias telefônicas regionais. Já a impressão era feita por empresas especializadas que dominavam a tecnologia. Conhecer esses nomes é parte importante dos requisitos da especialidade.

• Casa da Moeda do Brasil (CMB)
• American Bank Note Company (ABNC)
• Interprint
• CSM Cartões de Segurança Ltda
• ICE

Cada uma dessas empresas utilizava um sistema de codificação próprio para identificar sua produção, uma informação valiosa para os colecionadores.

Decifrando Códigos: O Guia para Ler o Verso dos Cartões

Os cartões antigos do sistema Telebrás possuem um código no verso que revela muito sobre sua origem. Saber interpretá-lo é uma habilidade essencial para quem busca a Especialidade de Telecartofilia – avançado. Usando o exemplo <96 07(2N IT 00)4 (MU Fi >, podemos decifrar cada parte:

• Data de Emissão: Os primeiros números indicam o ano e o mês. No exemplo, 96 07 significa julho de 1996.
• Tiragem: O primeiro código dentro do parêntese (2N) informa a quantidade de cartões produzidos, com base em uma tabela de correspondência.
• Tipo de Cartão: A sigla seguinte (IT) classifica o cartão. As mais comuns são IT (Institucional de Terceiros), IP (Institucional Própria), PT (Propaganda de Terceiros) e PP (Propaganda Própria).
• Código da Impressora: O número fora do parêntese (4) identifica a empresa que imprimiu o cartão (neste caso, a CSM).
• Abreviação da Série: As letras finais (MU Fi) são uma abreviação para o tema da série, como “Museu Filatelia”.

Horizontes Internacionais: A Fascinante História dos Cartões Japoneses

Explorar a telecartofilia de outros países enriquece a visão do colecionador. Um excelente exemplo é o Japão, onde os cartões, conhecidos como “tereka”, se tornaram um fenômeno cultural nos anos 80. Lançados pela NTT, eles rapidamente ultrapassaram sua função prática.

Os cartões japoneses, de tecnologia predominantemente magnética, estampavam uma vasta gama de designs: de paisagens icônicas e templos a personagens de animes e mangás populares. Essa diversidade transformou os “tereka” em itens de colecionador cobiçados mundialmente, representando uma janela para a cultura e estética do Japão daquela época.

Expandindo Sua Coleção para 300 Cartões

A etapa final para conquistar a Especialidade de Telecartofilia – avançado é montar uma coleção robusta de, no mínimo, 300 cartões distintos. Essa tarefa exige organização, pesquisa e a habilidade de identificar diferentes tecnologias de cartões.

Como Identificar os Diferentes Tipos de Cartão

Para cumprir os requisitos, sua coleção deve incluir pelo menos um exemplar de cada tipo principal. Saber diferenciá-los é fundamental:

• Cartão de Chip (Smart Card): Facilmente reconhecível pelo microchip metálico dourado em sua superfície.
• Cartão Magnético: Possui uma tarja magnética escura, similar a um cartão de crédito antigo.
• Cartão Indutivo: O padrão brasileiro. É um cartão plástico simples, sem chip ou tarja visível.
• Cartão Óptico: Menos comum, utiliza tecnologia a laser para leitura, podendo ter uma área com padrão reflexivo ou holográfico.
• Cartão Pré-pago (PIN Card): Não é inserido no orelhão. Possui um código PIN, geralmente coberto por uma área raspável, para ser digitado em qualquer telefone.

Dicas para Aumentar e Conservar sua Coleção

Para atingir a meta de 300 cartões, os desbravadores podem buscar por trocas em encontros de colecionadores, comprar lotes em sites especializados ou até mesmo receber doações de amigos e familiares. A conservação é igualmente importante: use pastas com folhas plásticas apropriadas, guarde-as na vertical e em local seco, longe da luz solar. Protetores individuais são recomendados para os cartões mais raros. Seguir essas dicas garante o sucesso na conclusão da Especialidade de Telecartofilia – avançado.