Como Fazer a Especialidade de Cactos – avançado – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Cactos – avançado

Aprofunde seus conhecimentos no fascinante mundo das plantas do deserto com a Especialidade de Cactos – avançado. Este guia prático ajudará você, desbravador, a dominar técnicas de cultivo, identificação e propagação, elevando sua paixão por essas plantas resilientes a um novo patamar.

Como fazer a Especialidade de Cactos – avançado

Para iniciar a jornada pela Especialidade de Cactos – avançado, é fundamental já ter conquistado a especialidade básica de Cactos. Com essa base, você estará pronto para explorar conceitos mais complexos e técnicas de cultivo que diferenciam um entusiasta de um verdadeiro conhecedor.

O Universo das Suculentas: Mais do que Apenas Cactos

Plantas suculentas são todas aquelas que desenvolveram a habilidade de armazenar água em suas folhas, caules ou raízes. Essa adaptação notável, que resulta em partes visivelmente grossas e carnudas, permite que sobrevivam em climas áridos. É importante entender que “suculenta” é uma descrição de característica, não uma família botânica específica.

Uma regra de ouro na botânica é: todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto. A principal diferença que define um cacto é a presença de aréolas, pequenas estruturas de onde brotam espinhos, flores e novos ramos. Outras suculentas podem ter espinhos, mas eles crescem diretamente da planta, sem a presença de aréolas.

Identificando Suculentas que Não São Cactos

Para cumprir os requisitos da Especialidade de Cactos – avançado, é preciso saber diferenciar cactos de outras suculentas. Abaixo estão cinco exemplos comuns de suculentas que não pertencem à família Cactaceae:

• Aloe Vera (Babosa): Reconhecida por suas folhas longas e carnudas com bordas serrilhadas, pertence à família Asphodelaceae.
• Echeveria: Famosa por formar rosetas de folhas suculentas, disponível em uma vasta gama de cores e formatos.
• Sedum (Dedo-de-moça): Apresenta caules pendentes com pequenas folhas cilíndricas, lembrando um colar de contas.
• Haworthia (Planta-zebra): Pequenas suculentas com folhas marcadas por listras brancas, que se assemelham à pele de uma zebra.
• Kalanchoe: Gênero diversificado, conhecido por suas flores vibrantes e folhas carnudas, algumas capazes de gerar brotos nas bordas.

Desvendando o Vocabulário do Cultivador

Conhecer a terminologia correta é essencial para qualquer especialista. Estes são os termos que você precisa dominar para a Especialidade de Cactos – avançado:

• Aréola ou auréola: Estrutura exclusiva dos cactos, parecida com um tufo de feltro, de onde nascem espinhos, pelos, flores e ramos.
• Cefálio: Uma estrutura densa e lanosa que se desenvolve no topo de alguns cactos adultos, de onde surgem as flores e frutos.
• Cochonilha: Insetos parasitas que sugam a seiva, aparecendo como pontos brancos algodonosos ou pequenas carapaças.
• Corimbo: Um tipo de agrupamento de flores onde as hastes partem de pontos diferentes, mas as flores se abrem na mesma altura.
• Diurno: Refere-se a plantas cujas flores abrem durante o dia.
• Epífita: Planta que cresce sobre outra apenas para apoio, sem parasitá-la, como a Flor-de-maio.
• Estolão ou Estolho: Caule que cresce horizontalmente sobre ou sob o solo, criando novas plantas em seus nós.
• Gloquídeo: Espinhos minúsculos e farpados, comuns em cactos do gênero Opuntia, que se soltam facilmente e causam irritação.
• Noturno: Refere-se a plantas com flores que abrem à noite, polinizadas por animais noturnos como mariposas e morcegos.
• Panícula: Uma inflorescência ramificada, como um cacho de cachos.
• Ramo: Qualquer ramificação que brota do tronco principal ou de outro ramo.
• Zigomórfica: Uma flor com simetria bilateral, que pode ser dividida em duas metades espelhadas por um único plano.

Protegendo sua Coleção: Pragas e Doenças Comuns

Cactos e suculentas são resistentes, mas não imunes a problemas. Excesso de umidade e falta de ventilação são as principais causas de doenças. Conhecer os inimigos mais comuns é o primeiro passo para garantir a saúde das suas plantas.

Pragas Frequentes em Cactos e Suculentas

• Cochonilhas: As mais comuns. Remova-as com um cotonete embebido em álcool 70% em infestações pequenas. Para casos maiores, use óleo de neem.
• Pulgões: Atacam brotos novos. Podem ser removidos com jatos de água ou com a mesma solução de óleo de neem.
• Ácaros: Causam manchas cor de ferrugem e teias finas. Use acaricidas específicos e aumente a ventilação.

Doenças Fúngicas e Como Evitá-las

• Podridão da Raiz e do Caule: O problema mais fatal, causado por excesso de rega. A prevenção é usar um substrato bem drenável e regar apenas quando o solo estiver seco. Se ocorrer, corte a parte saudável para tentar salvá-la como uma estaca.
• Oídio: Um mofo cinzento na superfície da planta. Melhore a circulação de ar e aplique fungicidas à base de enxofre.

Multiplicando suas Plantas: Guia Prático de Propagação

A propagação é uma das atividades mais gratificantes no cultivo de cactos e suculentas. Para a Especialidade de Cactos – avançado, você deve dominar pelo menos um dos métodos a seguir para criar novas plantas a partir da sua coleção.

Propagação por Sementes

1. Use um substrato fino e esterilizado em um vaso raso.
2. Espalhe as sementes na superfície e cubra com uma camada fina de areia.
3. Umedeça com um borrifador e cubra com plástico transparente para criar uma estufa.
4. Mantenha em local com luz indireta até a germinação, que pode levar de semanas a meses.

Propagação por Estacas: O Método Mais Simples

1. Corte uma folha ou um pedaço do caule com uma lâmina limpa.
2. Deixe a estaca em local seco e sombreado por alguns dias para cicatrizar a área do corte. Este passo é crucial.
3. Plante a estaca em substrato seco e bem drenado.
4. Aguarde uma ou duas semanas para começar a regar levemente. As raízes surgirão em breve.

Propagação por Enxertia: Técnica Avançada

1. Escolha uma planta base forte (porta-enxerto) e a planta que deseja propagar (enxerto).
2. Faça um corte reto e horizontal em ambas as plantas com uma lâmina esterilizada.
3. Junte as duas partes cortadas imediatamente, alinhando os anéis vasculares (círculos no centro do caule).
4. Prenda as duas partes firmemente com elásticos ou fitas.
5. Deixe em local sombreado por 2-3 semanas para que a união cicatrize antes de retomar os cuidados normais.