Como Fazer a Especialidade de Nutrição – avançado – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Nutrição – avançado

Aprofunde seus conhecimentos sobre alimentação e saúde com este guia para a Especialidade de Nutrição – avançado. Descubra os segredos das dietas, a ciência por trás dos nutrientes e como fazer escolhas que impactam positivamente seu corpo e mente. Este artigo oferece um caminho claro para que os desbravadores conquistem todos os requisitos e se tornem referências em um estilo de vida saudável.

Como Fazer a Especialidade de Nutrição – avançado

Para iniciar a jornada na Especialidade de Nutrição – avançado, o primeiro passo é já possuir a especialidade de Nutrição básica. Ela serve como alicerce, fornecendo o conhecimento fundamental que será aprofundado agora. A leitura de um livro sobre o tema também é essencial. Boas opções incluem “Guerra na Panela” de Sonia Hirsch, para uma abordagem lúdica, ou obras de Ellen G. White como “Conselhos Sobre o Regime Alimentar” para uma perspectiva que une saúde e espiritualidade.

Desvendando o Mundo das Dietas

Uma dieta é, essencialmente, um plano alimentar que regula o que e quanto se come para atingir um objetivo específico. Compreender os diferentes tipos é fundamental para a Especialidade de Nutrição – avançado. Cada plano atende a uma necessidade de saúde particular.

• Hipossódica: Com baixo teor de sódio (sal), é indicada para pessoas com pressão alta (hipertensão) ou doenças cardíacas e renais, pois ajuda a controlar a retenção de líquidos.
• Hipocalórica: Reduz o total de calorias ingeridas e é a base para planos de emagrecimento, sendo recomendada para quem está com sobrepeso ou obesidade.
• Diabética: Foca no controle de carboidratos, especialmente açúcares, para manter os níveis de glicose no sangue estáveis.
• Alto teor de proteínas e baixo de carboidratos: Prioriza proteínas para aumentar a saciedade e o ganho de massa muscular, sendo comum em dietas de perda de peso.
• Restrição de gorduras: Limita gorduras saturadas e trans para controlar o colesterol e prevenir doenças cardiovasculares.
• Rica em fibras: Aumenta o consumo de integrais, frutas e verduras para melhorar o trânsito intestinal, a saciedade e o controle da glicemia.
• Restrição a proteínas: Indicada em casos específicos de doenças renais crônicas para não sobrecarregar os rins.

Navegando pelo Vegetarianismo Estrito

Ao adotar uma dieta vegetariana estrita (vegana), é crucial garantir a ingestão de todos os nutrientes. A orientação nutricional correta é um dos requisitos importantes da especialidade. O ponto de maior atenção é a Vitamina B12, que não é encontrada em fontes vegetais confiáveis e exige suplementação obrigatória para evitar problemas neurológicos e anemia. Outros nutrientes merecem atenção especial.

• Ferro: Presente em leguminosas e folhas escuras, sua absorção é potencializada quando consumido com uma fonte de Vitamina C (laranja, limão).
• Cálcio: Encontrado em tofu, brócolis, couve, gergelim e bebidas vegetais enriquecidas.
• Proteínas: A combinação de cereais (arroz) com leguminosas (feijão) ao longo do dia garante a oferta de todos os aminoácidos essenciais.
• Ômega-3: Fontes como linhaça, chia e nozes devem fazer parte da rotina.
• Iodo: O uso moderado de sal iodado é a principal forma de obter esse mineral.

Nutrição e Espiritualidade: Lições de “Conselhos Sobre o Regime Alimentar”

Um dos requisitos práticos da Especialidade de Nutrição – avançado envolve estudar o livro “Conselhos sobre o Regime Alimentar” e apresentar as vantagens da dieta ovo-lacto-vegetariana. Segundo a autora, Ellen G. White, os benefícios vão além do físico, promovendo clareza mental e espiritual. A dieta, baseada em grãos, frutas, oleaginosas e vegetais, é vista como um caminho para a temperança, menor risco de doenças e uma conexão mais profunda com os princípios de saúde estabelecidos por Deus.

Gorduras Boas vs. Ruins: O Que Você Precisa Saber

Entender a diferença entre os tipos de gordura é crucial. A estrutura química delas define seu impacto na saúde. As gorduras insaturadas, encontradas no azeite de oliva, abacate e peixes, são as mais saudáveis. Elas ajudam a reduzir o colesterol ruim (LDL) e a proteger o coração. Em contrapartida, as gorduras saturadas (carnes gordas, laticínios integrais) devem ser consumidas com moderação. Já as gorduras trans, presentes em alimentos ultraprocessados, são as piores, pois aumentam o colesterol ruim e diminuem o bom (HDL), elevando o risco de doenças cardíacas.

HDL vs. LDL: Desvendando o Colesterol

HDL e LDL são lipoproteínas que transportam colesterol no sangue. O LDL (Low-Density Lipoprotein) é conhecido como “colesterol ruim” porque, em excesso, deposita-se nas artérias, formando placas que podem levar a infartos e AVCs. Alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como frituras e embutidos, aumentam o LDL. O HDL (High-Density Lipoprotein) é o “colesterol bom”, pois atua como um “faxineiro”, removendo o excesso de colesterol das artérias. Alimentos ricos em gorduras insaturadas, como abacate, azeite, castanhas e peixes, ajudam a aumentar o HDL.

O Poder dos Alimentos da Estação

Um dos requisitos práticos da especialidade é criar um calendário de safras da sua região. Dar preferência aos vegetais da estação traz inúmeras vantagens. Eles são mais nutritivos e saborosos, pois são colhidos no auge do seu desenvolvimento natural. Além disso, a grande oferta faz com que sejam mais baratos. Do ponto de vista da saúde, plantas que crescem em seu clima ideal tendem a precisar de menos agrotóxicos. Consumir alimentos locais e da estação também é um ato de sustentabilidade, pois reduz o impacto ambiental do transporte e armazenamento.

Quando a Alimentação Convencional Não é Possível

Existem situações em que a nutrição precisa ser administrada por vias alternativas. A nutrição enteral ocorre quando uma dieta líquida é fornecida por sonda diretamente no estômago ou intestino. É indicada para pacientes que não conseguem engolir, mas cujo sistema digestivo funciona. Já a nutrição parenteral é a administração de nutrientes diretamente na veia, utilizada quando o trato gastrointestinal não pode ser usado, como em casos de obstruções ou após grandes cirurgias intestinais.

Analisando a Própria Dieta: Um Desafio Prático

A autoavaliação é uma parte central da Especialidade de Nutrição – avançado. O desbravador deve manter um diário alimentar por uma semana, anotando tudo o que consome. Em seguida, precisa pesquisar as porções diárias recomendadas de nutrientes como calorias, proteínas, fibras e cálcio para sua idade, sexo e peso. Com essas informações em mãos, o desafio é comparar a ingestão real com a recomendada e identificar pontos de melhoria, como aumentar o consumo de fibras ou reduzir o de sódio. Este exercício prático promove uma consciência alimentar valiosa.

Levítico 11: Uma Perspectiva de Saúde e Santidade

O estudo de Levítico 11 revela a classificação divina de animais em puros e imundos. A explicação para essa distinção abrange duas áreas principais. A primeira é a de saúde e higiene: muitos animais imundos, como o porco e os frutos do mar, são necrófagos ou filtradores, o que representava um risco de transmissão de doenças em uma época sem refrigeração. A segunda razão é espiritual: obedecer a essas leis era um ato de fé e uma forma de o povo de Deus se manter separado e santo, diferenciando-se das práticas das nações vizinhas.

Sinais de Alerta: Doenças Causadas por Deficiências Nutricionais

A falta de nutrientes específicos pode causar doenças graves. Conhecer essa relação é um dos requisitos da especialidade.

• Cegueira noturna: Deficiência de Vitamina A.
• Raquitismo: Deficiência de Vitamina D.
• Anemia hemolítica: Deficiência de Vitamina E (em casos raros).
• Anemia megaloblástica: Deficiência de Vitamina B12 e/ou Ácido Fólico (B9).
• Anemia ferropriva: Deficiência de Ferro.
• Bócio: Deficiência de Iodo.
• Escorbuto: Deficiência de Vitamina C.
• Marasmo: Grave desnutrição de calorias e todos os macronutrientes.
• Kwashiorkor: Grave desnutrição com deficiência predominante de proteínas.

Hábitos que Prejudicam: O Impacto da Má Alimentação

Certos hábitos alimentares podem trazer sérios prejuízos à saúde a longo prazo. O uso excessivo de sal está ligado à hipertensão, enquanto o excesso de açúcar aumenta o risco de obesidade e diabetes. Dietas ricas em gorduras ruins e alimentos processados contribuem para doenças cardíacas. O consumo de estimulantes como café e guaraná em excesso pode causar ansiedade e insônia. Da mesma forma, comer em grandes quantidades ou “beliscar” entre as refeições leva ao ganho de peso e sobrecarrega o sistema digestivo.

Entendendo Doenças Relacionadas à Nutrição

A Especialidade de Nutrição – avançado exige o estudo de doenças comuns influenciadas pela dieta. É preciso entender como ocorrem, seus sintomas, prevenção e as mudanças alimentares necessárias para o tratamento.

Diabetes e Hipertensão

O Diabetes tipo 2 ocorre por resistência à insulina, exigindo uma dieta com controle de carboidratos e açúcares. A Hipertensão Arterial (pressão alta) é o excesso de força do sangue nas artérias, sendo prevenida e tratada com uma dieta de baixo teor de sódio (sal) e rica em frutas e vegetais.

Osteoporose e Aterosclerose

A Osteoporose é a perda de massa óssea, prevenida com uma dieta rica em cálcio e vitamina D. A Aterosclerose é o acúmulo de gordura nas artérias, combatida com uma dieta baixa em gorduras saturadas e trans e rica em fibras e gorduras boas.

Doença Celíaca e Intolerância à Lactose

A Doença Celíaca é uma reação autoimune ao glúten, exigindo a exclusão total de trigo, cevada e centeio da dieta. A Intolerância à Lactose é a dificuldade de digerir o açúcar do leite, o que requer a restrição de laticínios ou o uso de produtos sem lactose.

Distúrbios Alimentares: Um Olhar Atento e Cuidadoso

Distúrbios alimentares são condições de saúde mental graves que exigem tratamento multidisciplinar. É vital saber identificá-los e como buscar ajuda. A apresentação sobre este tema para outros desbravadores deve ser feita com sensibilidade e foco na conscientização.

• Anorexia Nervosa: Caracterizada pela restrição alimentar severa e medo intenso de ganhar peso. Causa desnutrição grave e risco de morte.
• Bulimia Nervosa: Marcada por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios (vômito, laxantes). Causa graves desequilíbrios no corpo.
• Hiperfagia (Compulsão Alimentar): Ingestão exagerada de alimentos com sensação de perda de controle, sem purgação. Leva à obesidade e doenças associadas.
• Ortorexia: Uma obsessão patológica por comer de forma “pura”, que leva a deficiências nutricionais e isolamento social.

O tratamento eficaz para esses distúrbios envolve uma equipe com psiquiatra, psicólogo, nutricionista e médico clínico. Cada profissional atua em uma frente, cuidando da mente, do comportamento alimentar e das complicações físicas.

Suplementos Alimentares: Quando São Realmente Necessários?

Suplementos servem para complementar a dieta quando a alimentação não é suficiente. Produtos como Whey Protein podem ajudar atletas na recuperação muscular, e a Vitamina B12 é essencial para veganos. Outros, como Ferro e Vitamina D, são indicados apenas em casos de deficiência comprovada por exames.

O uso de suplementos sem a orientação de um médico ou nutricionista é arriscado. Pode causar sobrecarga nos rins e fígado, toxicidade por excesso de vitaminas e mascarar doenças graves. A automedicação, mesmo com suplementos, deve ser evitada.