Atividades Recreativas

Como Fazer a Especialidade de Remo – Desbravadores

Especialidade de Remo

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

  1. Ter a especialidade de Natação – intermediário I.
  2. Sob supervisão de seu instrutor, realizar o seguinte:
    1. Conduzir o barco remando em linha reta por 500 metros, parar, fazer uma volta pivô e retornar ao ponto de partida.
    2. Conduzir o barco remando por 200 metros, fazer uma curva em curso usando apoio do remo e retornar ao ponto de partida, plainando o remo a cada braçada.
  3. Ser capaz de demonstrar como:
    1. Como lançar o barco na água, e trazê-lo de volta ao ancoradouro.
    2. Ajudar uma pessoa a entrar com segurança dentro do barco ao lado de um cais.
    3. Ancorar o barco no cais, usando o nó volta do fiel, ou fateixa ou um nó bolina.
  4. Sozinho, ou com a ajuda de uma pessoa que saiba nadar, desvirar um barco, colocando o lado correto para cima, entrar, e com as mãos ou um remo conduzi-lo por dez metros. Explique como ficar pendurado ou entrar em um barco inundado.
  5. A partir de um cais, sozinho em um barco a remo, abordar um nadador, manobrar o barco e rebocá-lo em segurança até a terra.
  6. Nomeie e identifique, pelo menos, cinco diferentes tipos de barcos que podem ser usados com remos. Explique onde cada um é mais indicado para ser usado.
  7. Identifique e descreva dois dos seguintes tipos de suportes de remo:
    1. Suporte aberto com cavilha (Tholepin)
    2. Forquilha de encaixe (Box rowlock)
    3. Suporte em anel (Ring rowlock)
    4. Forquilha aberta (Open-top rowlock)
  8. Explique as vantagens obtidas ao se plainar o remo fora d’água durante a prática do remo.
  9. Como você agiria se uma tempestade súbita ou vento forte o pegasse enquanto estivesse navegando em um barco a remo?
  10. Como você calcula o número de pessoas que podem ser transportadas com segurança em qualquer barco a remo salva-vidas?
  11. Que luzes são necessárias em um barco a remo à noite, com ou sem motor de popa?
  12. Como você retira, transporta e armazena um barco a remo no período que não será usado?
  13. Ler Marcos 6:46-51. Após a leitura, debater com seu instrutor sobre o poder de Jesus e como Ele usa esse poder para nossa proteção em todos os momentos de nossas vidas.

Aprendendo sobre a Especialidade de Remo

Dominar a arte do remo vai além de simplesmente mover um barco na água; é uma habilidade que une técnica, força e segurança. Conquistar a Especialidade de Remo prepara os desbravadores para aventuras aquáticas, ensinando desde manobras essenciais até procedimentos de segurança e resgate. Este guia detalha os conhecimentos necessários para cumprir todos os requisitos e se tornar um remador confiante e preparado.

Como fazer a Especialidade de Remo

Preparação e Segurança: Os Primeiros Passos

Antes de embarcar, é fundamental garantir uma base sólida em segurança aquática. Por isso, um dos principais pré-requisitos para a Especialidade de Remo é possuir a especialidade de Natação – Intermediário I. Essa exigência assegura que o desbravador tenha confiança e habilidade para lidar com situações inesperadas na água, como nadar distâncias maiores e flutuar, criando um ambiente de aprendizado mais seguro.

Dominando as Manobras Básicas no Barco a Remo

A prática do remo exige controle preciso da embarcação. Para remar em linha reta, o segredo é aplicar força de maneira igual e simultânea nos dois remos, utilizando um movimento fluido que combina a força das pernas, do tronco e dos braços. Manobras como a volta pivô são executadas remando com força para frente de um lado e para trás do outro, fazendo o barco girar em seu próprio eixo. Já a curva em curso é feita aplicando mais força no remo do lado externo da curva.

Uma técnica avançada que otimiza o esforço é o ato de plainar o remo, conhecido como feathering. Consiste em girar as pás para a posição horizontal quando estão fora da água, na fase de recuperação. A principal vantagem é a diminuição da resistência do vento, o que economiza energia e torna a remada mais eficiente, especialmente em dias de vento contrário.

Procedimentos de Embarque, Ancoragem e Segurança

Saber manusear o barco fora da água é tão importante quanto dentro dela. Para lançar a embarcação, posicione-a paralela ao cais e entre mantendo o centro de gravidade baixo para não virar. Para ajudar outra pessoa a embarcar, estabilize o barco firmemente contra o cais enquanto ela pisa no centro da embarcação.

Na hora de ancorar, o uso de nós corretos é crucial. O Volta do Fiel é perfeito para prender o barco a um poste de forma rápida e segura, enquanto o Nó de Bolina (ou Lais de Guia) cria uma alça fixa que não aperta, ideal para argolas. Ambos são essenciais para qualquer navegador por serem confiáveis e fáceis de desatar.

Lidando com Imprevistos: Barco Virado e Resgate

Se o barco virar, a regra número um é manter a calma e permanecer junto à embarcação. Para desvirá-lo, nade até o casco, agarre a borda inferior e use o peso do corpo para girá-lo de volta. Para entrar em um barco inundado, suba cuidadosamente pela popa (traseira) para não o virar novamente. Mesmo cheio de água, o barco continuará flutuando e pode ser movido lentamente com as mãos ou um remo.

Para resgatar um nadador, aproxime-se com cautela, de preferência contra o vento, para ter mais controle. A abordagem correta é pela popa do barco. Estenda um remo para que a pessoa possa se segurar, sem tentar subir a bordo. Instrua o nadador a segurar na popa enquanto você rema lentamente de volta para a margem, mantendo a comunicação clara durante todo o processo.

Conhecendo sua Embarcação: Tipos de Barcos e Equipamentos

Existem diversos tipos de barcos que utilizam remos, cada um adaptado para uma finalidade. Conhecer alguns deles é parte dos requisitos da Especialidade de Remo.

  • Canoa: Leve e de pontas afiadas, movida por remo de uma pá. Ideal para rios e lagos.
  • Caiaque: Barco fechado onde o remador usa um remo de duas pás. Ótimo para lazer e expedições em rios, lagos e mar.
  • Bote: Pequeno e muitas vezes inflável, serve de apoio para barcos maiores ou para pesca em águas calmas.
  • Skiff (ou Shell): Barco de competição, longo e estreito, projetado para velocidade em águas calmas.
  • Baleeira/Escaler: Embarcação robusta e maior, usada para salvamento ou transporte de tripulação em águas abertas.

Os remos precisam de um ponto de apoio, conhecido como suporte de remo. Dois tipos comuns são o Suporte aberto com cavilha (Tholepin), um sistema simples com pinos verticais onde o remo se apoia, e a Forquilha aberta (Open-top rowlock), um suporte em forma de ‘U’ onde o remo se encaixa, muito comum em barcos de lazer por ser prático.

Navegação Segura: Regras para Todas as Condições

A segurança é a prioridade máxima. Se uma tempestade ou vento forte surgir, a primeira ação é vestir o colete salva-vidas. Se estiver longe da costa, posicione o barco em um ângulo de 45 graus em relação às ondas para evitar que ele vire. Mantenha-se abaixado para aumentar a estabilidade e reme apenas o suficiente para manter o controle.

Para saber a capacidade de um barco, verifique a placa do fabricante. Caso não haja, uma fórmula de referência é (Comprimento x Largura) / 15, onde as medidas são em pés. No Brasil, as regras oficiais são da Marinha. À noite, um barco a remo deve exibir uma lanterna de luz branca visível em 360 graus para evitar colisões, conforme o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM).

Cuidados e Armazenamento do Equipamento

Após a aventura, o cuidado com o barco garante sua durabilidade. Retire-o da água, limpe o casco para remover sujeiras e algas e transporte-o de forma segura, bem amarrado em um rack. Para o armazenamento, o ideal é guardá-lo de cabeça para baixo sobre cavaletes, em local protegido do sol e da umidade, evitando o acúmulo de água e a deformação do casco.

Reflexão Espiritual: A Proteção Divina nas Tempestades

A passagem de Marcos 6:46-51 oferece uma poderosa lição espiritual. Nela, os discípulos lutam para remar contra um vento forte, e Jesus vai ao encontro deles andando sobre o mar. Ele os acalma com as palavras: “Tende ânimo; sou eu, não temais.”

Essa história demonstra que Jesus vê nossas dificuldades, mesmo quando nos sentimos sozinhos. Seu poder sobre a natureza revela Sua soberania para acalmar as tempestades de nossas vidas, oferecendo proteção, paz e a certeza de que Ele está no controle.

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