Atividades Recreativas

Como Fazer a Especialidade de Pipas – Desbravadores

Especialidade de Pipas

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE DE PIPAS

  1. Responda o seguinte:
    1. Quando foram inventadas as pipas?
    2. Qual a primeira vez que alguém empinou uma pipa?
    3. Citar pelo menos três maneiras através das quais as pipas ajudaram pesquisas científicas e contar como cada uma delas afetou o mundo em que vivemos.
    4. Contar a história de Benjamim Franklin e sua pipa.
  2. Mencionar algumas formas pelas quais as pipas podem ser utilizadas hoje em dia.
  3. Explicar como as pipas ficam no ar.
  4. Defina os seguintes termos:
    1. pipa
    2. linha
    3. vento bom
    4. estirante
    5. rabiola
    6. armação
    7. carretel
  5. Qual é uma causa comum das pipas apresentarem defeitos?
  6. O que deve ser feito quando uma pipa não pára de dar voltas enquanto está sendo empinada?
  7. Por que às vezes é necessário ter uma rabiola na pipa?
  8. Conhecer pelo menos três regras de segurança para empinar pipas. Saber em seu país se existe lei proibindo uso de cerol (cortante) e o porque?
  9. Citar pelo menos 3 tipos de acidentes que podem ser provocados por causa do uso do cerol(cortante).
  10. Conhecer como enrolar a linha num pedaço de pau. Saber emendar a linha com o nó de pescador.
  11. Fazer dois dos seguintes tipos de pipas e empiná-las.

Aprendendo sobre a Especialidade de Pipas

Dominar os céus com uma pipa é uma aventura que mistura arte, ciência e muita diversão. Para os Desbravadores, a Especialidade de Pipas é uma oportunidade incrível de aprender sobre história, física e segurança, enquanto desenvolve habilidades práticas. Este guia detalhado ajudará você a cumprir todos os requisitos e a se tornar um mestre pipeiro.

Como Conquistar a Especialidade de Pipas

A Fascinante História das Pipas e Sua Contribuição para a Ciência

Para entender a importância das pipas, é fundamental conhecer sua origem. As pipas foram inventadas na China Antiga, por volta de 1.200 a.C., e eram construídas com materiais como seda e bambu. O primeiro registro de alguém empinando uma pipa data de aproximadamente 200 a.C., também na China, onde eram usadas para fins militares, como sinalização entre tropas.

Além do uso militar e recreativo, as pipas foram ferramentas cruciais para o avanço científico. Elas permitiram descobertas que moldaram nosso mundo de maneiras surpreendentes.

  • Meteorologia e Estudo da Atmosfera: Em 1749, o astrônomo Alexander Wilson usou pipas com termômetros para medir a temperatura em diferentes altitudes, um passo fundamental para a meteorologia moderna.
  • Fotografia Aérea: Antes dos drones, o fotógrafo George R. Lawrence usou um conjunto de até 17 pipas para erguer uma câmera de 22 quilos e fotografar a cidade de São Francisco após o terremoto de 1906, revolucionando a cartografia.
  • Desenvolvimento da Aviação: Pioneiros como George Cayley e o brasileiro Alberto Santos Dumont usaram pipas para testar conceitos de aerodinâmica. O famoso 14-Bis, por exemplo, era essencialmente um conjunto de pipas-caixa com motor.

O Experimento de Benjamin Franklin

Em junho de 1752, Benjamin Franklin realizou seu famoso experimento para provar que os raios eram um fenômeno elétrico. Durante uma tempestade, ele empinou uma pipa com uma haste de metal na ponta e uma chave amarrada à linha. Ao observar faíscas saltando da chave para sua mão, ele demonstrou a natureza elétrica dos raios. Essa descoberta levou diretamente à invenção do para-raios, um dispositivo que protege edifícios e salva vidas até hoje.

As Pipas no Mundo Moderno

Hoje, as pipas vão muito além da brincadeira. Elas são a base para esportes radicais como o kitesurf, onde uma grande pipa puxa uma pessoa sobre a água. Também são usadas em projetos de geração de energia limpa, com pipas gigantes capturando ventos em alta altitude para movimentar geradores. Além disso, a fotografia aérea com pipas (KAP) ainda é praticada, e cientistas as utilizam para coletar dados atmosféricos em locais remotos.

A Ciência por Trás do Voo: Como as Pipas Ficam no Ar?

Uma pipa voa graças a um equilíbrio de forças físicas. O ar que passa por cima da superfície inclinada da pipa se move mais rápido do que o ar que passa por baixo. Pelo Princípio de Bernoulli, a velocidade maior em cima cria uma zona de baixa pressão, enquanto a velocidade menor embaixo gera uma zona de alta pressão. Essa diferença cria uma força para cima, chamada sustentação.

Ao mesmo tempo, a Terceira Lei de Newton (ação e reação) entra em jogo. A pipa empurra o ar para baixo (ação), e o ar reage empurrando a pipa para cima (reação). Para que o voo seja estável, a força de sustentação precisa superar o peso da pipa, enquanto a tensão da linha (tração) equilibra a força de arrasto do vento.

Conhecendo os Componentes de uma Pipa

Para cumprir os requisitos da Especialidade de Pipas, é essencial conhecer a terminologia correta. Cada parte tem uma função específica para garantir um voo perfeito.

  • Pipa: Artefato que voa com a força do vento, composto por armação e cobertura.
  • Linha: Fio que conecta a pipa à pessoa, permitindo o controle.
  • Vento bom: A velocidade ideal do vento, geralmente entre 8 e 40 km/h, para um voo seguro e estável.
  • Estirante (ou Cabresto): Linhas que ligam a armação à linha principal, definindo o ângulo de ataque da pipa contra o vento.
  • Rabiola: Cauda que dá estabilidade e equilíbrio, evitando que a pipa gire.
  • Armação: Estrutura de varetas que dá forma e sustentação à pipa.
  • Carretel: Objeto usado para enrolar e manusear a linha de forma organizada.

Solucionando Problemas Comuns no Voo

Por que uma pipa às vezes não voa direito? A causa mais comum de defeitos é a falta de simetria. Uma armação torta, um estirante mal amarrado ou uma cobertura mal colada podem criar um desequilíbrio, fazendo a pipa pender para um lado e não subir.

Se a sua pipa não para de dar voltas (movimento chamado “corrupio”), isso é um sinal claro de instabilidade. A solução mais eficaz é ajustar ou adicionar uma rabiola. Geralmente, o problema é uma rabiola muito curta ou leve para a força do vento. Aumentar o comprimento ou o peso da rabiola ajuda a estabilizar o centro de gravidade e a garantir um voo suave.

A rabiola é essencial para a estabilidade. Ela adiciona peso e arrasto na parte inferior, mantendo o nariz da pipa para cima e amortecendo movimentos bruscos causados por rajadas de vento.

Segurança em Primeiro Lugar: Regras Essenciais e o Perigo do Cerol

Empinar pipa é uma atividade divertida, mas que exige responsabilidade. Conhecer as regras de segurança é um dos requisitos mais importantes da Especialidade de Pipas. Seguir estas regras garante a segurança de todos.

  1. Longe da Rede Elétrica: Nunca solte pipas perto de fios elétricos. A linha pode conduzir eletricidade e causar choques fatais. Se a pipa enroscar, não tente retirá-la.
  2. Sem Chuva ou Raios: Não empine pipas em dias de chuva ou com relâmpagos. A pipa pode atrair raios, colocando sua vida em risco.
  3. Escolha Locais Abertos: Prefira parques, campos e praias, longe de ruas movimentadas e aeroportos, para evitar acidentes com veículos e pessoas.

Cerol e Linha Chilena: Proibidos por Lei

No Brasil, o uso e a venda de cerol e linha chilena são crimes, conforme a Lei Federal nº 14.513/2022. A proibição existe porque essas linhas transformam um brinquedo em uma arma. Elas são invisíveis e extremamente cortantes, causando acidentes graves.

Os principais acidentes provocados pelo cerol incluem:

  • Cortes Fatais em Motociclistas e Ciclistas: A linha pode atingir o pescoço de quem está em movimento, causando ferimentos profundos e até a morte.
  • Lesões Graves em Pedestres: Pessoas caminhando podem sofrer cortes no rosto, braços e outras partes do corpo.
  • Quedas e Colisões: Ao tentar desviar da linha, um motociclista ou ciclista pode cair ou colidir com outros veículos.

Habilidades Práticas do Pipeiro

Dominar a Especialidade de Pipas também envolve aprender algumas técnicas manuais essenciais para qualquer desbravador.

Como Enrolar a Linha e Fazer o Nó de Pescador

Para enrolar a linha em um carretel de mão (um pedaço de madeira), prenda uma ponta e enrole a linha formando um “8” ao redor das extremidades da madeira. Isso evita nós e facilita na hora de soltar. Para emendar duas linhas, o nó de pescador é a melhor escolha, pois é extremamente seguro.

  1. Alinhe as duas pontas das linhas em direções opostas.
  2. Com a ponta da linha da direita, dê duas voltas ao redor da linha da esquerda e passe a ponta por dentro, formando um nó.
  3. Faça o mesmo com a ponta da linha da esquerda, dando duas voltas ao redor da linha da direita e formando outro nó.
  4. Puxe as duas linhas principais em direções opostas. Os nós deslizarão e se apertarão, criando uma emenda firme.

Mãos à Obra: Construindo Suas Próprias Pipas

A parte mais divertida da Especialidade de Pipas é construir e empinar seus próprios modelos. Aqui estão as instruções para dois tipos clássicos, a Pipa Diamante e a Pipa Caixote.

Construindo uma Pipa Diamante

  1. Armação: Forme uma cruz com duas varetas (uma vertical maior e uma horizontal menor). A vareta horizontal deve ficar a cerca de 1/4 do topo da vertical. Amarre-as no centro.
  2. Contorno: Passe uma linha nas quatro pontas da armação para formar o losango.
  3. Cobertura: Coloque a armação sobre papel de seda, corte deixando uma borda e cole essa borda sobre a linha do contorno.
  4. Finalização: Adicione um estirante e uma rabiola longa na parte inferior para garantir estabilidade.

Construindo uma Pipa Caixote

  1. Armação: Use 4 varetas longas e do mesmo tamanho para as laterais. Com outras 4 varetas menores, monte duas cruzes que servirão como espaçadores.
  2. Montagem: Prenda as 4 varetas longas nas extremidades das cruzes, formando uma estrutura de caixa 3D.
  3. Cobertura: Cubra as seções superior e inferior da estrutura com papel ou plástico, deixando o meio aberto.
  4. Estirante: Amarre o estirante em uma das varetas longas. Este modelo geralmente não precisa de rabiola devido ao seu design estável.
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