Como Fazer a Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter a especialidade de Mecânica automotiva.
- Desmontar, verificar e montar outra vez um motor de automóvel, ou de um pequeno caminhão. Substituir quaisquer peças que apresentem defeito ou desgaste. Recolocar o motor no lugar, dar partida e dirigir o veículo. Manter um relato completo de tudo que foi feito no motor.
- Remover e substituir um sistema de transmissão manual ou automático.
- Reconstruir o sistema de freios de um automóvel ou pequeno caminhão, seguindo as medidas de segurança adequadas. Demonstrar o ajuste adequado de freios.
- Regular o motor, incluindo a troca de velas, se for o caso.
Aprendendo sobre a Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado
Pronto para o próximo nível? A Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado desafia você a desmontar motores, trocar transmissões e dominar os freios. Este guia prático para desbravadores detalha todos os requisitos para você conquistar essa insígnia com conhecimento e segurança.
Como fazer a Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado
Avançar no conhecimento de mecânica é uma jornada fascinante que transforma a curiosidade sobre carros em habilidade prática. A Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado é um desafio que exige dedicação, estudo e, acima de tudo, a supervisão de um profissional experiente. Este guia detalha os passos para cumprir os requisitos e se aprofundar no funcionamento dos veículos.
O Ponto de Partida: A Especialidade Básica
Antes de mergulhar nos componentes complexos, é fundamental ter uma base sólida. Por isso, o primeiro requisito é já possuir a especialidade de Mecânica Automotiva (Nível 2). Essa etapa inicial garante que o desbravador já compreende os princípios fundamentais, como a verificação periódica de óleo e água, a forma correta de trocar um pneu, a diferença entre motores de 2 e 4 tempos e a rotina de manutenção básica, como a troca de óleo e filtros.
Mergulhando no Coração do Carro: A Retífica do Motor
O processo de desmontar e montar um motor é uma das tarefas mais complexas e recompensadoras da mecânica. Esta atividade deve ser sempre realizada sob a orientação de um mecânico qualificado. O processo envolve etapas críticas que garantem tanto a segurança quanto o sucesso da operação.
Preparação, Segurança e Remoção
A segurança é a prioridade. O primeiro passo é desconectar a bateria para evitar curtos-circuitos e drenar todos os fluidos, como óleo e líquido de arrefecimento. Em seguida, todos os sistemas conectados ao motor devem ser desligados: chicotes elétricos, linhas de combustível, mangueiras de arrefecimento e o sistema de escapamento. Com o auxílio de uma talha (conhecida como “girafa”), o motor é cuidadosamente desacoplado da transmissão e removido do cofre.
Desmontagem, Análise e Substituição de Peças
Com o motor em um cavalete apropriado, a desmontagem segue uma ordem lógica, começando pelos periféricos (alternador, motor de partida), passando pelo cabeçote e finalizando com as partes internas do bloco, como pistões, bielas e virabrequim. É crucial documentar cada passo com fotos.
Durante a desmontagem, cada peça é inspecionada visualmente em busca de trincas ou desgaste. Ferramentas de metrologia, como micrômetros, são usadas para medir os componentes e compará-los com as especificações do fabricante. Peças de desgaste comum são geralmente substituídas:
- Anéis de pistão
- Bronzinas de biela e de mancal
- Juntas e selos do motor
Se necessário, o bloco e o cabeçote são enviados a uma retífica para usinagem profissional, garantindo que as superfícies estejam perfeitas para a montagem.
Montagem, Instalação e Relatório Final
A montagem é o processo inverso, realizado com extrema limpeza e atenção. Todos os componentes internos são lubrificados com óleo novo. O uso de um torquímetro é obrigatório para aplicar o aperto correto nos parafusos, seguindo a sequência e os valores do manual do veículo. Após a montagem, o motor é reinstalado, os fluidos são repostos e o veículo é ligado para testes. Um relatório detalhado, com fotos e anotações sobre peças trocadas e torques aplicados, finaliza este requisito da Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado.
Dominando a Transmissão: Manual vs. Automática
Remover e substituir um sistema de transmissão é outra tarefa que exige conhecimento técnico e equipamentos adequados. O veículo deve ser levantado com segurança em um elevador ou cavaletes. O processo varia ligeiramente entre câmbios manuais e automáticos.
- Transmissão Manual: É necessário drenar o óleo da caixa, desconectar o sistema de embreagem, a alavanca de marchas (trambulador) e os semi-eixos que vão para as rodas.
- Transmissão Automática: O processo inclui drenar o fluido, desconectar as linhas de arrefecimento que vão para o radiador, o cabo seletor de marchas e os chicotes elétricos. Um passo crucial é desparafusar o conversor de torque do volante do motor.
Após as desconexões, a transmissão é apoiada por um macaco apropriado, desparafusada do motor e baixada. A instalação é o processo inverso, exigindo um alinhamento perfeito entre a transmissão e o motor antes de apertar os parafusos com o torque especificado.
Segurança em Foco: Reconstruindo o Sistema de Freios
Atenção: O fluido de freio é corrosivo e o sistema é um item de segurança vital. Manuseie com cuidado e sempre sob supervisão.
Reconstruir o sistema de freios é uma responsabilidade enorme. O trabalho geralmente envolve a substituição de componentes de desgaste nos freios a disco (dianteiros) e a tambor (traseiros). Após remover as rodas, a pinça de freio a disco é removida para a troca das pastilhas e inspeção do disco. Nos freios a tambor, o tambor é retirado para a substituição das sapatas e verificação do cilindro de roda.
Após a montagem dos componentes novos, a sangria do sistema é obrigatória. Este procedimento remove bolhas de ar das linhas de freio, garantindo que o pedal tenha uma resposta firme e segura. O processo é repetido em todas as rodas, começando pela mais distante do cilindro mestre.
Ajuste Fino: Regulagem dos Freios e Freio de Mão
O ajuste correto garante a eficiência da frenagem. Enquanto os freios a disco são majoritariamente autoajustáveis, os freios a tambor podem necessitar de um ajuste manual, feito por uma catraca interna. Já o freio de mão é ajustado por uma porca no cabo, geralmente acessível por baixo do carro ou no console central. O ajuste ideal é quando a alavanca trava as rodas traseiras com cerca de 3 a 5 “cliques”.
Regulagem e Performance: O “Tune-Up” do Motor
A regulagem, ou “tune-up”, do motor visa restaurar sua eficiência e desempenho. Uma das tarefas centrais é a troca das velas de ignição, um dos requisitos para a Especialidade de Mecânica Automotiva – avançado. Com o motor frio, os cabos ou bobinas são removidos e, com uma chave de vela, a vela antiga é retirada. Antes de instalar a nova, sua folga deve ser verificada e ajustada com um calibrador, seguindo a especificação do fabricante. A vela nova é rosqueada manualmente e depois recebe o aperto final.
Além das velas, uma regulagem completa do motor pode incluir outros itens importantes para o bom funcionamento do veículo, como a substituição do filtro de ar e de combustível, a limpeza do corpo de borboleta (TBI) em carros com injeção eletrônica e a verificação de outros componentes do sistema de ignição.