Como Fazer a Especialidade de Pescaria – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Qual a diferença entre pesca e pescaria?
- Explique as seguintes modalidades:
- Pesca de subsistência
- Pesca esportiva
- Listar 5 diferentes métodos de pesca e demonstrar, ao menos, 2 a seu instrutor.
- Qual a melhor maré para a pesca? Qual a relação entre a lua e os diferentes tipos de maré?
- Fazer um quadro usando figuras, fotos ou desenhos das iscas e anzóis mais comuns em sua região, explicando as variações e indicações de cada um.
- Participar de uma viagem ou passeio de pesca e pescar, ao menos, 2 peixes, cada um utilizando um método diferente, dentre os listados no requisito 3.
- Fazer o seguinte:
- Uma coleção de fotos de 30 peixes comuns em sua região, identificando seus nomes, local de habitação, dieta, etc.
- Uma coleção de fotos de 10 peixes venenosos, tendo, no mínimo, 5 nativos de sua região ou país.
- Ler Deuteronômio 14:9 e 10. Após a leitura, separar os peixes do requisito 7 entre puros e impuros, explicando a importância de saber separá-los.
- Ler Lucas 5:1 a 10. Em seguida, fazer uma lista apresentando, ao menos, 10 diferentes formas de demonstrar em sua vida como ser um “Pescador de Homens”.
Aprendendo sobre a Especialidade de Pescaria
Aprenda tudo sobre a Especialidade de Pescaria, desde as melhores técnicas e iscas até a importância espiritual da atividade. Este guia prático ajuda desbravadores a conquistar a insígnia com conhecimento e habilidade.
Como Fazer a Especialidade de Pescaria
Entendendo os Termos: Pesca vs. Pescaria
Embora pareçam sinônimos, “pesca” e “pescaria” possuem significados distintos. A pesca é o ato específico de capturar um animal aquático, a ação em si. Já a pescaria é um conceito mais amplo, que envolve todo o contexto da atividade: o planejamento, as técnicas, os equipamentos, o ecossistema e até o meio de transporte utilizado. Em resumo, a pesca é a ação, enquanto a pescaria é toda a experiência.
Modalidades de Pesca: Subsistência e Esportiva
A pescaria pode ser praticada com diferentes objetivos, sendo as principais modalidades a de subsistência e a esportiva. Cada uma possui suas próprias características e finalidades.
- Pesca de Subsistência: É a modalidade praticada para garantir o alimento de uma família ou pequena comunidade. Realizada de forma artesanal, utiliza equipamentos simples como caniços e linhas de mão. O foco não é o lucro, mas o consumo próprio, sendo fundamental para a segurança alimentar e a cultura de muitas comunidades ribeirinhas.
- Pesca Esportiva: Conhecida como pesca recreativa, é praticada como hobby ou esporte. O objetivo principal é o prazer, o desafio e a técnica, não a obtenção de alimento. Uma prática comum e importante na pesca esportiva moderna é o pesque e solte, que promove a conservação das espécies ao devolver os peixes à água após a captura.
Técnicas Essenciais: 5 Métodos de Pesca para Dominar
Para cumprir os requisitos da Especialidade de Pescaria, é essencial conhecer e praticar diferentes métodos. Cada técnica se adapta a um tipo de ambiente e espécie de peixe. O desafio prático desta especialidade envolve pescar dois peixes utilizando dois métodos distintos.
- Pesca de Barranco: A mais acessível e popular, praticada nas margens de rios e lagos com equipamento simples, como vara de bambu, linha, boia e anzol. É ideal para iniciantes.
- Pesca de Arremesso (Baitcasting/Spinning): Utiliza varas com molinetes ou carretilhas para lançar iscas a longas distâncias, exigindo precisão e técnica para trabalhar a isca e atrair o peixe.
- Pesca com Mosca (Fly Fishing): Uma modalidade artística que usa uma vara flexível e uma linha pesada para arremessar uma isca leve, a “mosca”, que imita insetos e outros organismos.
- Pesca de Corrico (Trolling): Realizada com o barco em movimento, arrastando iscas na água. É um método eficaz para cobrir grandes áreas e localizar cardumes de peixes predadores.
- Pesca Vertical (Jigging): Com o barco parado, uma isca pesada chamada “jig” é lançada até o fundo e trabalhada com movimentos verticais para simular uma presa ferida, atraindo peixes.
O Segredo das Águas: A Influência da Lua e das Marés na Pesca
Pescadores experientes sabem que a lua e as marés têm um impacto direto no sucesso da pescaria. A força gravitacional da lua causa as marés, e essa movimentação da água afeta o comportamento dos peixes. Nas fases de Lua Nova e Lua Cheia, as forças da lua e do sol se somam, criando as marés de sizígia, com picos de maré alta e baixa mais extremos. Essa forte correnteza movimenta nutrientes e presas, deixando os peixes maiores mais ativos e famintos.
Por outro lado, nas fases de Quarto Crescente e Quarto Minguante, ocorrem as marés de quadratura, com menor variação e movimentação da água. Portanto, as melhores marés para a pesca são as de sizígia (Lua Nova e Cheia), especialmente durante a mudança de maré, como o final da enchente e o início da vazante.
Equipamento Certo: Guia de Iscas e Anzóis Comuns
A escolha correta da isca e do anzol é crucial para uma pescaria bem-sucedida. Para completar a Especialidade de Pescaria, é necessário criar um quadro com os tipos mais comuns em sua região. Abaixo estão alguns exemplos populares no Brasil para orientar sua pesquisa.
Tipos de Iscas
- Iscas Naturais: Incluem minhocas (universais para água doce), camarão (água doce e salgada), sardinha (predadores marinhos) e massas (populares em pesqueiros para pacus e carpas).
- Iscas Artificiais: Dividem-se em plugs de superfície (Zaras, Poppers), plugs de meia-água, jigs (para pesca de fundo) e iscas soft de silicone, que imitam presas com grande realismo.
Modelos de Anzóis
- Maruseigo: Muito versátil, com haste longa, ideal para diversas espécies com iscas naturais.
- Chinu: Haste curta e ponta virada, ótimo para peixes de boca pequena ou mais “manhosos”.
- Wide Gap: Possui grande abertura, perfeito para iscar camarões vivos sem feri-los muito.
- Circle Hook (Circular): Ideal para o pesque e solte, pois fisga o peixe no canto da boca, facilitando a soltura.
Conhecendo a Fauna: Peixes Comuns e Peçonhentos do Brasil
Parte dos requisitos da especialidade é montar uma coleção de fotos para identificar a fauna local. É importante saber diferenciar as espécies comuns das que oferecem risco. O termo correto para peixes que injetam veneno através de ferrões é peçonhento.
- Exemplos de Peixes Comuns no Brasil:
- Água Doce: Tilápia, Tucunaré, Traíra, Pacu, Dourado, Pintado, Lambari.
- Água Salgada: Robalo, Corvina, Sardinha, Anchova, Badejo, Garoupa, Tainha.
- Exemplos de Peixes Peçonhentos no Brasil:
- Arraia (água doce e salgada): Possui um ferrão venenoso na cauda.
- Bagre: Tem ferrões venenosos nas nadadeiras dorsal e peitorais.
- Peixe-Escorpião (Mangangá): Seus espinhos são altamente venenosos.
- Niquim: Vive enterrado na areia e possui espinhos venenosos.
- Peixe-Leão: Espécie invasora com espinhos dorsais extremamente venenosos.
Uma Perspectiva Bíblica: Peixes Puros e Impuros
A Bíblia, em Deuteronômio 14:9-10, estabelece um princípio alimentar sobre animais aquáticos: “De tudo o que há nas águas comereis: tudo o que tem barbatanas e escamas comereis. Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas não comereis; imundo vos será.”
Saber fazer essa distinção era uma lei de saúde e santidade para o povo de Israel. Animais sem escamas, como peixes de couro e frutos do mar, são frequentemente filtradores ou vivem no fundo, o que aumenta o risco de acumularem toxinas.
- Peixes Puros (com escamas e barbatanas): Tilápia, Tucunaré, Robalo, Corvina, Sardinha, Salmão, Truta.
- Animais Aquáticos Impuros (sem escamas ou sem barbatanas): Bagre, Pintado (peixes de couro), Arraia, Camarão, Lula, Polvo e outros frutos do mar.
O Chamado Divino: Tornando-se um “Pescador de Homens”
Em Lucas 5:1-10, após uma pesca milagrosa, Jesus convida seus discípulos a se tornarem “pescadores de homens”. Isso significa usar nossa dedicação, paciência e habilidades para atrair pessoas para o evangelho. Concluir a Especialidade de Pescaria também envolve refletir sobre como aplicar esse chamado em nossa vida.
- Ser um Exemplo Vivo: Viver os princípios cristãos de bondade e honestidade.
- Construir Relacionamentos: Investir tempo para conhecer e ouvir as pessoas.
- Compartilhar Experiências Pessoais: Contar como a fé impactou sua vida de forma prática.
- Convidar para a Comunidade: Chamar amigos para eventos do clube ou da igreja.
- Servir ao Próximo: Ajudar os necessitados sem esperar nada em troca.
- Ter Paciência e Persistência: Respeitar o tempo de cada pessoa em sua jornada espiritual.
- Estudar e Estar Preparado: Conhecer a Bíblia para responder a perguntas com amor.
- Orar pelas Pessoas: Interceder por amigos, familiares e colegas.
- Usar as Redes Sociais para o Bem: Compartilhar mensagens de esperança e fé.
- Trabalhar em Equipe: Colaborar com outros cristãos para alcançar mais pessoas.