Como Fazer a Especialidade de Nautimodelismo – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Nautimodelismo

Aprenda a construir e pilotar seus próprios barcos com a Especialidade de Nautimodelismo! Este guia prático para desbravadores ensina tudo sobre cascos, motores e navegação, transformando seu hobby em uma insígnia conquistada com muita diversão e conhecimento técnico.

Como fazer a Especialidade de Nautimodelismo

A Especialidade de Nautimodelismo combina habilidade manual, física e a emoção de pilotar uma embarcação em escala. Para conquistar esta insígnia, os desbravadores mergulham no universo da construção e navegação de modelos de barcos, escolhendo projetos que se alinham com seu nível de interesse e habilidade, desde veleiros controlados pelo vento até lanchas velozes com motores a combustão.

Construindo e Pilotando seu Modelo: Projetos Práticos

O primeiro passo prático para cumprir os requisitos da Especialidade de Nautimodelismo é escolher e executar dois projetos de construção. As opções oferecem diferentes níveis de desafio e tipos de propulsão, permitindo que você explore o que há de mais interessante no nautimodelismo dinâmico.

Navegando com o Vento: O Desafio do Veleiro

Esta opção envolve a montagem de um kit de barco à vela de 25 a 40 cm. A montagem exige seguir o manual para encaixar o casco, mastro, velas e o sistema de rádio controle (RC). Para manobrar, você usará um controle remoto de dois canais: um para o leme, que direciona o barco, e outro para ajustar as velas, captando o vento para gerar movimento. O desafio é manter o controle por dois minutos, aprendendo a ler o vento e a fazer curvas precisas.

Velocidade e Controle: O Barco com Motor Elétrico

Aqui, você pode montar um kit ou criar seu próprio projeto de barco com motor elétrico (25 a 45 cm). Construir do zero é um desafio maior, exigindo o desenho do casco e o planejamento da posição do motor, bateria e receptor. A vedação do eixo da hélice é um passo crucial para evitar a entrada de água. A pilotagem é feita com um controle que acelera o motor e move o leme, e o objetivo é navegar com controle total por três a cinco minutos.

Potência e Performance: O Modelo com Motor a Combustão

Considerada a opção mais avançada, este projeto envolve construir um barco maior (45 a 80 cm) e instalar um motor a combustão (glow). A montagem requer atenção ao alinhamento do motor, tanque de combustível e sistema de exaustão, pois o casco precisa suportar a vibração. O objetivo é participar de uma corrida de cinco minutos, anotando as características do modelo e os ajustes feitos para melhorar o desempenho, como trocar a hélice para evitar a cavitação ou ajustar o peso para otimizar o centro de gravidade.

Decifrando o Dicionário do Navegador

Conhecer a terminologia correta é fundamental para qualquer pessoa que se aventura na Especialidade de Nautimodelismo. Entender esses conceitos não apenas ajuda a cumprir os requisitos, mas também a construir modelos melhores e a navegar com mais eficiência. Abaixo estão as definições essenciais que todo modelista naval deve conhecer.

• Deslocamento: Refere-se à massa de água que o barco desloca ao flutuar. Esse valor é igual ao peso total da embarcação.
• Centro de gravidade (CG): É o ponto de equilíbrio teórico onde todo o peso do barco está concentrado. Sua posição é vital para a estabilidade e muda conforme a distribuição de peso a bordo.
• Nível de propulsão: É a linha imaginária que passa pelo centro do eixo da hélice, indicando a direção da força que empurra o barco. A inclinação dessa linha afeta diretamente o comportamento da embarcação na água.
• Impulso e suspensão: O impulso (ou empuxo) é a força da água que empurra o casco para cima, permitindo a flutuação. A suspensão (ou sustentação) é a força que levanta o casco em altas velocidades, fazendo-o planar e reduzindo o arrasto.
• Casco simples: Também conhecido como casco de plaina, é projetado para deslizar sobre a superfície da água em alta velocidade, o que aumenta a eficiência e permite atingir velocidades maiores.
• Energia hidráulica (Hidrodinâmica): É o estudo do movimento da água e das forças que ela exerce. No nautimodelismo, seus princípios são usados para criar cascos mais rápidos e estáveis.
• Proa: A parte da frente da embarcação, projetada para ser a primeira a cortar a água.
• Quilha: Considerada a “espinha dorsal” do barco, é a estrutura principal que corre de proa a popa na parte inferior do casco, garantindo resistência e estabilidade.
• Viga (Boca): Em termos náuticos, o termo correto é Boca e se refere à largura máxima da embarcação.
• Cavitação: Fenômeno que ocorre quando a hélice gira tão rápido que cria bolhas de vapor na água. Essas bolhas reduzem a eficiência da propulsão e podem causar danos à hélice.
• Adernar: É a inclinação do barco para um dos lados (bombordo ou estibordo), causada pela ação do vento, manobras ou má distribuição de carga.
• Nivelar (Trimar): Ajustar a embarcação para que ela navegue na posição correta, sem inclinar para os lados (adernar) ou para frente e para trás (arfar). Isso otimiza a velocidade e a estabilidade.
• Draga (Arrasto): É a força de resistência que a água exerce contra o casco em movimento. Minimizar o arrasto é o principal objetivo para quem busca mais velocidade e eficiência.