Artes e Habilidades Manuais

Como Fazer a Especialidade de Violão – Desbravadores

Especialidade de Violão

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

  1. Pesquisar sobre a história do violão e como ele chegou ao seu país?
  2. Saber as diferenças entre melodia, harmonia e ritmo.
  3. Diferenciar 3 tipos de violão, conforme cada grupo abaixo:
    1. Acústicos
    2. Elétricos
    3. Mais de 6 cordas
  4. Conhecer as 3 divisões do violão e identificar 15 diferentes partes, explicando a função de cada uma.
  5. Qual a postura correta para a prática do violão? Qual a importância de manter essa postura?
  6. Saber os nomes dos dedos, cordas e posição das mãos.
  7. O que são cifras e como são construídas? Escrever, de memória, uma lista contendo todos os acordes maiores e menores e suas determinadas cifras.
  8. Os que são bemol e sustenido? Qual a diferença entre eles e como são representados em cifra?
  9. Explicar o que são acordes. Demonstrar habilidade em executar de memória os acordes maiores e menores.
  10. Definir a diferença entre cordas de náilon e aço e explicar a sua preferência por uma delas.
  11. Executar uma música utilizando uma técnica de batida e outra utilizando um dedilhado.
  12. Selecionar 3 músicas adventistas de cifras simples e tocá-las em uma reunião oficial do Clube ou unidade.

Aprendendo sobre a Especialidade de Violão

Pronto para conquistar a Especialidade de Violão? Este guia para desbravadores ensina tudo sobre acordes, cifras, história e técnicas para você tocar suas músicas favoritas e brilhar no seu clube. Aprender a tocar violão é uma jornada incrível que desenvolve disciplina, criatividade e sensibilidade musical, habilidades valiosas para qualquer desbravador.

Como fazer a Especialidade de Violão

A Jornada do Violão: Da Antiguidade ao Brasil

A história do violão é fascinante e milenar, com instrumentos precursores datando de quase 2000 a.C. na Babilônia. Sua chegada à Europa é atribuída a duas teorias principais: uma defende que ele evoluiu do alaúde árabe, trazido durante as invasões muçulmanas na Península Ibérica, enquanto outra sugere sua origem a partir da cítara romana. Na Espanha medieval, um instrumento similar chamado “vihuela” ganhou grande popularidade.

No Brasil, a história do violão começa com a chegada da viola de dez cordas, trazida por jesuítas portugueses no século XVII para a catequese indígena. Apenas no século XIX, com a vinda da corte portuguesa, o violão de seis cordas se estabeleceu. Ele rapidamente se tornou o instrumento do ambiente urbano, acompanhando gêneros como modinhas e choros, enquanto a viola se consolidava no cenário rural, dando origem à viola caipira.

Os Pilares da Música: Melodia, Harmonia e Ritmo

Para dominar a Especialidade de Violão, é essencial compreender os três elementos que formam qualquer música. Eles trabalham juntos para criar a sonoridade que conhecemos e amamos.

  • Melodia: É a sequência de notas tocadas uma após a outra, formando a parte principal da música, aquela que você consegue cantarolar ou assobiar. É a identidade da canção.
  • Harmonia: É a combinação de notas tocadas ao mesmo tempo, formando os acordes. A harmonia dá profundidade, cor e emoção à música, servindo como base para a melodia.
  • Ritmo: É a organização dos sons e silêncios no tempo. Ele define a pulsação, a velocidade e o “balanço” da música, caracterizando estilos como samba, rock ou pop.

Conhecendo seu Instrumento: Anatomia do Violão

O violão é dividido em três partes principais: cabeça, braço e corpo. Conhecer cada componente é fundamental para entender seu funcionamento e cuidar bem do instrumento. Aqui estão 15 partes essenciais e suas funções:

  1. Cabeça (Headstock): Parte superior que sustenta as tarraxas.
  2. Tarraxas: Peças que prendem e ajustam a tensão das cordas para afinar o instrumento.
  3. Pestana: Pequena peça que guia e separa as cordas no início do braço.
  4. Braço: Peça longa onde as notas e os acordes são formados.
  5. Escala: Superfície de madeira na frente do braço onde os dedos pressionam as cordas.
  6. Trastes: Filetes de metal que dividem a escala em semitons.
  7. Casas: Os espaços entre os trastes. Cada casa representa uma nota diferente.
  8. Marcações: Pontos na escala que servem como guia visual para o músico.
  9. Corpo: A maior parte do violão, responsável por amplificar o som naturalmente.
  10. Tampo: A parte frontal do corpo, essencial para a qualidade sonora.
  11. Boca: Abertura circular no tampo que ajuda a projetar o som.
  12. Roseta: Decoração ao redor da boca do violão.
  13. Cavalete: Peça de madeira no tampo onde as cordas são presas.
  14. Rastilho: Peça de osso ou plástico no cavalete que define a altura das cordas.
  15. Cordas: Os fios de nylon ou aço que vibram para produzir o som.

Postura e Posição: A Base para Tocar Corretamente

Manter uma boa postura é crucial para evitar dores e lesões, além de garantir precisão e clareza ao tocar. Sente-se em uma cadeira firme, com a coluna ereta e os pés apoiados no chão. Os ombros devem estar relaxados. O violão pode ser apoiado na perna direita (postura popular) ou na perna esquerda elevada (postura clássica), que é ideal para um melhor acesso ao braço do instrumento.

As mãos também têm posições específicas. Na mão que forma os acordes no braço (esquerda para destros), os dedos são numerados de 1 (indicador) a 4 (mínimo). Eles devem pressionar as cordas com a ponta, de forma curvada. Na mão que toca as cordas (direita para destros), os dedos são nomeados pelas iniciais: p (polegar), i (indicador), m (médio) e a (anelar). As cordas são contadas de baixo para cima, da mais fina (1ª) para a mais grossa (6ª), e seus nomes são: Mi, Si, Sol, Ré, Lá, Mi.

Decifrando a Linguagem Musical: Cifras e Acordes

Um acorde é um conjunto de três ou mais notas tocadas juntas, formando a harmonia da música. No violão, os acordes são representados por cifras, um sistema universal que usa letras (de A a G) para nomear as notas. Uma letra maiúscula (ex: C) representa um acorde maior, enquanto um “m” minúsculo ao lado (ex: Am) indica um acorde menor. Entender essa linguagem é um passo gigante para cumprir os requisitos da especialidade.

Para alterar a altura de uma nota, usamos os acidentes musicais: sustenido (♯) e bemol (♭). O sustenido eleva a nota em meio tom (deixa mais aguda), enquanto o bemol abaixa a nota em meio tom (deixa mais grave). Nas cifras, eles aparecem logo após a letra, como em F# (Fá sustenido) ou Bb (Si bemol).

Memorizar os acordes maiores e menores é um dos principais desafios da Especialidade de Violão. A prática constante é o segredo para fazer transições limpas e rápidas entre eles.

Acorde MaiorCifra MaiorAcorde MenorCifra Menor
Dó MaiorCDó menorCm
Ré MaiorDRé menorDm
Mi MaiorEMi menorEm
Fá MaiorFFá menorFm
Sol MaiorGSol menorGm
Lá MaiorALá menorAm
Si MaiorBSi menorBm

O Som em Suas Mãos: Tipos de Violão e Cordas

Existem diversos tipos de violão, cada um com uma sonoridade e propósito diferente. Conhecê-los ajuda a entender a versatilidade deste instrumento.

  • Acústicos: Produzem som sem necessidade de amplificação. O Violão Clássico, com cordas de nylon, tem um som aveludado e é ótimo para MPB e música erudita. Já o Violão Folk, com cordas de aço, tem um som mais brilhante e potente, ideal para rock, pop e sertanejo.
  • Elétricos: Possuem captação para amplificar o som. O Eletroacústico é um violão acústico com sistema elétrico, podendo ser usado dos dois modos. A Guitarra Semi-acústica tem um corpo oco e captadores elétricos, misturando as duas sonoridades.
  • Mais de 6 cordas: O Violão de 7 cordas adiciona uma corda grave, muito usada no choro e samba para fazer linhas de baixo. O Violão de 12 cordas tem pares de cordas que criam um som cheio e rico, com um efeito natural de chorus.

A escolha entre cordas de nylon e aço também define o som e a tocabilidade. Cordas de nylon são macias, confortáveis para iniciantes e produzem um som quente e aveludado. Cordas de aço são mais tensas, produzem um som metálico e brilhante com mais volume, mas podem ser mais desconfortáveis no início. A preferência depende do estilo musical e do conforto do músico.

Colocando em Prática: Técnicas e Repertório para Desbravadores

Para mostrar suas habilidades na Especialidade de Violão, é preciso dominar duas técnicas básicas de mão direita: a batida e o dedilhado. A batida (ou ritmo) consiste em tocar várias cordas juntas, com movimentos para cima e para baixo, criando uma base rítmica. O dedilhado (ou arpejo) é a técnica de tocar as notas de um acorde uma de cada vez, criando uma textura mais melódica e suave.

Para a apresentação final, selecione três músicas adventistas com cifras simples. Hinos como “Castelo Forte” (G, C, D, Am), “Sou Feliz” (G, C, D7) ou “Vencendo Vem Jesus” (G, C, D, Em) são ótimas opções. Pratique-os usando uma batida e um dedilhado, focando na clareza dos acordes e na constância do ritmo. O uso de um capotraste pode ajudar a ajustar o tom para ficar mais confortável para cantar, facilitando a execução dos acordes.

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