Como Fazer a Especialidade de Rastreio de Animais – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter a especialidade de Rastreio de animais.
- Qual a diferença entre um molde em alto relevo e baixo relevo de um rastro de animal?
- Faça, pelo menos, 1 molde em baixo relevo a partir de um em alto relevo ou de um molde de borracha.
- O que é escatologia e por que isto é importante no estudo de animais?
- Através de cuidadosa observação e análise, encontre o maior número possível de evidências da passagem de 1 ou mais animais por uma trilha.
- Com um amigo, criar um percurso com, pelo menos, 2 km e, pelo menos, 4 mudanças de direção usando recursos nativos para fazer os sinais de pista. Esta pista deverá ser seguida por outras 2 pessoas com sucesso. Da mesma forma, você e seu amigo deverão seguir uma pista semelhante feita por outra dupla.
Aprendendo sobre a Especialidade de Rastreio de Animais – avançado
Aprofunde suas habilidades de explorador com a Especialidade de Rastreio de Animais – avançado! Este guia prático ajuda desbravadores a dominar técnicas avançadas, desde a criação de moldes de pegadas até a interpretação de sinais sutis na natureza e a criação de trilhas codificadas.
Como fazer a Especialidade de Rastreio de Animais – avançado
Para iniciar a jornada na Especialidade de Rastreio de Animais – avançado, é fundamental já possuir a especialidade básica. Os conhecimentos prévios sobre identificação de pegadas, confecção de moldes simples e interpretação de rastros formam a base necessária para os desafios mais complexos que esta especialidade avançada propõe aos desbravadores.
Dominando a Moldagem: Do Alto ao Baixo Relevo
Uma técnica central no estudo de pegadas é a moldagem. Compreender a diferença entre os tipos de molde é crucial. O molde em alto relevo, também chamado de positivo, é a cópia direta da pegada encontrada no solo. Ao preencher a marca com gesso, o resultado é uma peça onde a pegada fica “saltada”, projetando-se para fora da base, exatamente como a pata do animal que a fez.
Já o molde em baixo relevo, ou negativo, é uma impressão da pegada, onde o rastro aparece “afundado” na superfície. Ele não é feito diretamente da pegada na terra, mas sim a partir de um molde de alto relevo já pronto. Essencialmente, é um “molde do molde”, criando uma representação invertida da pegada.
Criando seu Molde em Baixo Relevo
Para cumprir um dos requisitos práticos da Especialidade de Rastreio de Animais – avançado, é preciso criar um molde em baixo relevo. O processo é metódico e exige atenção aos detalhes para um resultado perfeito.
- Preparação do Molde Positivo: Limpe completamente seu molde de gesso em alto relevo, removendo qualquer poeira ou sujeira.
- Aplicação do Desmoldante: Cubra toda a superfície do molde, especialmente a pegada, com um agente desmoldante como vaselina sólida. Este passo é vital para que os dois moldes se separem facilmente.
- Criação da Contenção: Construa uma barreira ou “caixa” ao redor do molde positivo usando papelão ou argila para conter o gesso líquido.
- Preparo do Gesso: Misture o gesso com água até atingir uma consistência cremosa e homogênea. Despeje-o lentamente sobre o molde positivo untado, cobrindo toda a pegada.
- Cura e Separação: Aguarde o gesso endurecer completamente. Ele irá esquentar e depois esfriar. Quando estiver frio e rígido, remova a contenção e separe cuidadosamente as duas partes. O novo molde será a versão em baixo relevo da pegada.
Além das Pegadas: Interpretando Sinais Secretos da Natureza
Um erro comum de tradução em alguns materiais menciona o termo “escatologia”. No contexto biológico, o termo correto é o estudo de escatos (do grego para fezes), ou simplesmente ecologia de fezes. Este estudo é fundamental no rastreamento de animais, pois as fezes oferecem informações valiosas.
- Identificação da Espécie: O formato, tamanho e conteúdo podem revelar qual animal passou por ali.
- Dieta e Saúde: Restos de sementes, pelos ou ossos nas fezes indicam os hábitos alimentares do animal.
- Confirmação de Presença: Encontrar fezes é uma prova concreta da presença de um animal em determinada área, mesmo sem avistá-lo.
- Análise Científica: Fezes são fontes de DNA e hormônios, usadas por cientistas para estudos genéticos e de saúde da população animal.
O rastreamento de animais vai muito além de pegadas e fezes. Para encontrar o máximo de evidências em uma trilha, o desbravador precisa aguçar todos os seus sentidos. A observação cuidadosa revela um mundo de informações sobre a fauna local.
Procure por galhos quebrados, vegetação amassada onde um animal descansou, arranhões em troncos, restos de alimentação como pinhas roídas, e até mesmo pelos presos em arames ou espinhos.
Desafio Prático: Criando e Seguindo Sinais de Pista
A etapa final da Especialidade de Rastreio de Animais – avançado envolve uma atividade prática de comunicação e orientação. Em dupla, é preciso criar um percurso de no mínimo 2 km com pelo menos quatro mudanças de direção, usando apenas recursos naturais para sinalizar o caminho.
Regras para Criar uma Pista Eficiente
- Use Recursos Nativos: Crie sinais com gravetos, pedras ou folhas encontradas no chão. Nunca danifique plantas vivas. Setas de gravetos, pilhas de pedras (mói-móis) ou tufos de capim torcido são excelentes opções.
- Padronize a Posição: Coloque os sinais sempre do lado direito da trilha para facilitar a localização pelos seguidores.
- Ajuste a Distância: Em mata fechada, posicione os sinais mais próximos uns dos outros. Em áreas abertas, eles podem ser mais espaçados.
- Seja Discreto: Os sinais devem ser claros para quem os procura, mas não óbvios para um observador casual.
Após criar a pista para outra dupla, o desafio se inverte: você e seu parceiro devem seguir a trilha preparada por eles. Esta atividade testa não apenas a habilidade de criar sinais claros, mas também a capacidade de observação e atenção aos detalhes. Caso perca um sinal, a regra é simples: retorne ao último ponto conhecido e procure com mais atenção em um raio maior. O sucesso nesta tarefa consolida as habilidades aprendidas na Especialidade de Rastreio de Animais – avançado.