Como Fazer a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter a especialidade de Mamíferos.
- Completar uma das seguintes tarefas: a. Manter um pequeno mamífero de estimação, pelo menos, durante 6 meses… b. Se você não possui um pequeno mamífero de estimação… cuide do animalzinho de alguém durante, pelo menos, 1 semana…
- Completar o seguinte: a. Ser capaz de distinguir entre os seguintes (grupos) de pequenos animais de estimação. b. Descrever os cuidados básicos para 2 dos animais da lista… c. Quais dos animais listados não são roedores?
- Escrever uma redação de 200 palavras sobre a história e importância de um dos animais listados acima e que características eles têm que os tornam bons animais de estimação.
- Identificar 5 variedades de hamsters e 5 variedades de coelhos.
- Por que não é bom tentar transformar pequenos mamíferos encontrados na natureza em animais de estimação?
- Raiva: o que é? Como é transmitida? Você pode contraí-la a partir de pequenos mamíferos? Que pequenos mamíferos podem transmiti-la? É curável no animal? É curável no homem? Como preveni-la no animal? Como você pode preveni-la?
- Por que não se deve lidar com pequenos mamíferos quando se está resfriado/gripado?
- Encontrar 3 referências bíblicas de animais que agora consideramos pequenos mamíferos de estimação. De acordo com a Bíblia, são considerados de carne limpa ou imunda?
Aprendendo sobre a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação
Descubra como conquistar a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação! Este guia para desbravadores detalha todos os requisitos, os cuidados com os pets, curiosidades e informações de segurança para se tornar um especialista no assunto.
Como Fazer a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação
A jornada para conquistar a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação começa com uma base sólida de conhecimento. Por isso, o primeiro passo é já ter concluído a especialidade de Mamíferos, que estabelece o entendimento sobre as características gerais desses animais, como a presença de pelos, glândulas mamárias e sua classificação em diferentes ordens.
A Experiência Prática: Cuidando de um Pequeno Mamífero
A parte mais importante desta especialidade é a experiência prática. Existem duas formas de cumprir este requisito: cuidar do seu próprio mamífero de estimação por seis meses ou cuidar do pet de um amigo ou familiar por uma semana. Em ambos os casos, a documentação cuidadosa é fundamental para demonstrar o aprendizado.
Opção A: Relatório de 6 Meses com seu Pet
Se você tem um pequeno mamífero, seu relatório deve ser um diário completo de observação e cuidados. Antes mesmo de adquirir o animal, uma pesquisa detalhada é necessária. Após os seis meses de convívio, o relatório final deve incluir:
- Alimentação: Detalhes sobre a dieta do animal, incluindo seus alimentos preferidos.
- Hábitos: Seus padrões de atividade (noturno ou diurno), horários de maior energia e comportamentos únicos.
- Alojamento: Como a limpeza da gaiola ou viveiro é realizada e com que frequência.
- História Pessoal: Um relato interessante ou uma história marcante sobre seu companheiro.
Opção B: Diário de Cuidados de 1 Semana
Caso você não tenha um pet, cuidar do animal de outra pessoa por uma semana é uma excelente alternativa. O foco do relatório será registrar a rotina de cuidados, anotando os horários de alimentação, fornecimento de água, limpeza do alojamento e os momentos de interação. É uma oportunidade para comparar os hábitos desse animal com outros que você talvez já conheça.
Identificando os Principais Pequenos Mamíferos de Estimação
Saber diferenciar os animais é essencial. Cada um possui características e necessidades únicas. Os principais grupos a serem estudados para a Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação são:
- Hamster: Pequeno e robusto, com grandes bochechas para guardar comida e um comportamento geralmente solitário.
- Gerbil (Esquilo-da-Mongólia): Sociável e ativo, com corpo esguio e uma cauda longa e peluda.
- Rato (Twister): Inteligente e sociável, maior que um camundongo e com uma cauda longa e sem pelos.
- Porquinho-da-índia: Corpo robusto sem cauda aparente, muito sociável, vocaliza bastante e precisa de vitamina C na dieta.
- Chinchila: Conhecida pela pelagem extremamente macia, tem hábitos noturnos e necessita de banhos de pó específico.
- Coelho: Pertencente à ordem Lagomorpha, possui orelhas longas e pernas traseiras fortes para saltar.
- Furão: Um carnívoro de corpo longo e flexível, muito brincalhão e com um odor corporal característico.
Quais não são roedores? É um erro comum classificar todos esses animais como roedores. O Coelho pertence à ordem Lagomorpha, e o Furão pertence à ordem Carnivora. Apenas hamsters, gerbils, ratos, porquinhos-da-índia e chinchilas são roedores.
Comparando Cuidados: Hamster vs. Coelho
Embora ambos necessitem de um alojamento seguro, água fresca e dieta específica, suas diferenças são marcantes. O hamster é onívoro, noturno e solitário, precisando de uma gaiola com substrato para cavar e uma roda de exercícios. Já o coelho é um herbívoro estrito, mais ativo ao amanhecer e entardecer, e sua dieta deve ser baseada em feno de alta qualidade para o desgaste dos dentes e a saúde digestiva. Coelhos também são mais sociáveis e precisam de mais espaço.
A História de um Companheiro: O Porquinho-da-Índia
O porquinho-da-índia (Cavia porcellus) tem uma história fascinante. Originário dos Andes, foi domesticado por povos como os Incas há milhares de anos, inicialmente como fonte de alimento. Ao serem levados para a Europa no século XVI, seu temperamento dócil e aparência exótica os tornaram populares como animais de estimação na nobreza.
Sua natureza gentil, sociável e comunicativa, expressa através de assobios e outros sons, faz deles excelentes companheiros, especialmente para famílias. Eles raramente mordem e se adaptam bem ao convívio humano. Essas características, somadas ao seu tamanho compacto e cuidados relativamente simples, consolidaram o porquinho-da-índia como um dos pequenos mamíferos mais amados do mundo.
Explorando Variedades de Hamsters e Coelhos
Conhecer as diferentes raças e variedades ajuda a entender melhor o temperamento e as necessidades de cada animal. Abaixo estão algumas das mais conhecidas para aprofundar seus conhecimentos na Especialidade de Pequenos Mamíferos de Estimação.
5 Tipos de Hamsters
- Sírio (Dourado): O mais comum e maior, conhecido por ser calmo e solitário.
- Anão Russo (Winter White): Pequeno e sociável, sua pelagem pode clarear no inverno.
- Campbell: Similar ao Anão Russo, mas com mais variedades de cores e um pouco mais territorialista.
- Roborovski: A menor espécie, extremamente rápida e ativa, sendo mais um animal de observação.
- Chinês: Possui corpo alongado e uma pequena cauda, sendo um bom escalador.
5 Raças de Coelhos Populares
- Mini Lop: Dócil e apegado, com orelhas caídas e corpo compacto.
- Cabeça de Leão (Lionhead): Caracterizado por uma “juba” de pelos ao redor da cabeça.
- Angorá Inglês: Famoso pela pelagem longa e lanosa que exige escovação constante.
- Anão Holandês (Netherland Dwarf): Uma das menores raças, com orelhas curtas e muita energia.
- Rex: Destaca-se pela pelagem curta, densa e aveludada, sendo muito inteligente.
Animais Silvestres Não São Pets: Um Alerta Importante
Tentar domesticar um mamífero encontrado na natureza é perigoso, ilegal e cruel. Animais silvestres não passaram pelo processo de domesticação e sofrem imensamente em cativeiro. Existem diversas razões para nunca fazer isso:
- Estresse e Sofrimento: O ambiente doméstico não atende às suas necessidades naturais, causando medo e estresse crônico.
- Risco de Doenças (Zoonoses): Animais selvagens podem transmitir doenças graves para humanos e outros pets.
- Comportamento Imprevisível: Seus instintos selvagens permanecem, e eles podem se tornar agressivos ao crescer.
- Crime Ambiental: A captura e manutenção de animais silvestres sem autorização do IBAMA é crime.
- Desequilíbrio Ecológico: Retirar um animal de seu habitat prejudica o ecossistema.
Saúde e Segurança: Tudo Sobre a Raiva
A raiva é uma doença viral fatal que afeta o sistema nervoso de mamíferos. É transmitida pela saliva de um animal infectado, geralmente por meio de uma mordida. Embora qualquer mamífero possa contrair a doença, o risco de transmissão para humanos por pequenos roedores domésticos (hamsters, porquinhos-da-índia) e coelhos é considerado extremamente baixo.
O perigo maior vem de animais como furões, se tiverem contato com a vida selvagem, e de animais silvestres como morcegos e gambás. Nos animais, a doença não tem cura. Em humanos, é quase sempre fatal após o início dos sintomas, mas pode ser prevenida com tratamento médico imediato após a exposição. A prevenção é a melhor estratégia: vacine os animais que necessitam (como furões), evite contato com animais selvagens e procure um médico após qualquer mordida.
Zoonose Reversa: Protegendo seu Pet de Doenças Humanas
Assim como os animais podem nos transmitir doenças, nós também podemos infectá-los. Esse fenômeno é chamado de zoonose reversa. Vírus como o da gripe (Influenza) podem ser transmitidos de humanos para alguns mamíferos, sendo os furões particularmente suscetíveis. Por isso, se você estiver gripado ou resfriado, evite o contato próximo com seu pet, lave bem as mãos antes de manuseá-lo e, se possível, peça a outra pessoa para cuidar dele temporariamente.
Pequenos Mamíferos na Perspectiva Bíblica
A Bíblia menciona alguns animais que hoje conhecemos como pequenos mamíferos de estimação, principalmente nas leis alimentares de Levítico 11. De acordo com esses textos, eles eram classificados como:
- Coelho/Lebre: Considerado imundo. A Bíblia menciona que, embora pareça ruminar, ele não tem o casco fendido (Levítico 11:5-6).
- Arganaz (ou Hírace): Também classificado como imundo pelo mesmo motivo do coelho (Levítico 11:5). O termo hebraico pode se referir a um animal semelhante a um coelho ou porquinho-da-índia.
- Rato/Camundongo: Listado entre os animais que se movem rente ao chão e, portanto, considerado imundo e abominável para consumo (Levítico 11:29).