Como Fazer a Especialidade de Orçamento Familiar – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- O que é Orçamento Familiar e qual a importância de fazê-lo?
- Fazer uma lista de despesas de sua família e classificá-la em necessárias, úteis e supérfluas.
- Verificar a lista de compras de mantimentos e produtos de higiene e limpeza de sua família. Todos os itens são realmente necessários?
- Descobrir qual é o melhor dia e local para se adquirir hortaliças, frutas e verduras em seu bairro.
- O que você e sua família podem fazer para economizar água, energia elétrica e telefone?
- O que é inflação?
- Que impostos sua família precisa pagar? em qual mês eles devem ser pagos?
- Que tipos de compras nunca deveriam ser feitas a prazo? por quê?
- O que é juro? Como deve ser calculado?
- Pesquisar qual a taxa de juros e encargos financeiros nas linhas de crédito a seguir:
- Cartão de crédito
- Cheque especial
- Empréstimo pessoal
- Que medidas devem ser tomadas quando a família está endividada?
- Qual porcentagem da renda de uma família deve ser poupada?
- Pesquisar ao menos 2 métodos, além da caderneta de poupança, para investir o dinheiro poupado. Quais as vantagens e desvantagens de cada um?
- Saber fazer o seguinte:
- Preencher e endossar cheques
- Preencher recibos
- Pagar boletos e/ou faturas em um terminal de autoatendimento
- Arquivar recibos de pagamentos
- Interpretar um extrato de conta corrente/poupança
- Manter um Orçamento pessoal e relatório de entrada e saída de dinheiro durante, pelo menos 6 meses.
- Montar um orçamento familiar e manter um relatório preciso de entradas e saídas durante 6 meses.
- Ler Malaquias 3:8-12 e escrever, no mínimo, 250 palavras sobre o que significa, para você, ser um mordomo fiel.
Aprendendo sobre a Especialidade de Orçamento Familiar
Dominar as finanças é uma habilidade para a vida. A Especialidade de Orçamento Familiar ensina como controlar o dinheiro, evitar dívidas e alcançar metas.
Como Fazer a Especialidade de Orçamento Familiar
O Mapa do Tesouro: Entendendo o Orçamento Familiar
Um orçamento familiar funciona como um mapa financeiro. É uma ferramenta que registra todo o dinheiro que entra (receitas) e todo o dinheiro que sai (despesas) em um lar. A sua principal importância é oferecer uma visão clara de como os recursos estão sendo usados, permitindo um controle eficaz. Com um bom orçamento, é possível garantir a estabilidade, fugir das dívidas, identificar gastos desnecessários e planejar a conquista de grandes sonhos, como a compra de uma casa ou uma viagem especial. Envolver toda a família nesse processo é fundamental para criar uma cultura de responsabilidade e disciplina financeira.
Organizando as Finanças: Classificando as Despesas
O primeiro passo prático para a Especialidade de Orçamento Familiar é listar todos os gastos. Depois de ter a lista completa, o segredo é classificar cada despesa para entender as prioridades. Uma organização eficaz divide os gastos em três categorias principais.
- Despesas Necessárias: São os gastos essenciais para a sobrevivência, que não podem ser cortados. Incluem aluguel, contas de água e luz, alimentação básica, transporte e saúde.
- Despesas Úteis: Melhoram a qualidade de vida, mas não são vitais. Podem ser reduzidas se necessário. Exemplos são roupas novas, refeições fora, assinaturas de streaming e lazer.
- Despesas Supérfluas: Gastos dispensáveis, muitas vezes feitos por impulso. São os primeiros a serem cortados para economizar. Incluem lanches, gadgets da moda e compras não planejadas.
Dicas Práticas para Economizar no Dia a Dia
Pequenas mudanças de hábito podem gerar uma grande economia no final do mês. Comece analisando a lista de compras do supermercado. Itens de marcas famosas podem ser trocados por alternativas mais baratas e de boa qualidade. Alimentos ultraprocessados e produtos de limpeza muito específicos também pesam no bolso e podem ser substituídos. Planejar o cardápio da semana antes de ir às compras ajuda a evitar gastos por impulso e desperdício.
Para comprar frutas, verduras e hortaliças, pesquise os melhores dias e locais no seu bairro. Feiras livres e os dias de promoção em sacolões e supermercados, como a “terça-verde”, costumam ter produtos mais frescos e baratos. Comprar no final da feira, na “xepa”, pode garantir preços ainda menores.
A economia também se estende às contas de casa. Para poupar água, tome banhos mais curtos e feche a torneira ao escovar os dentes. Para reduzir a conta de energia elétrica, troque lâmpadas por LED, apague as luzes ao sair dos cômodos e não deixe aparelhos em modo stand-by. Já para o telefone, analise o plano atual e veja se existe uma opção mais barata que atenda às necessidades da família, priorizando o uso de aplicativos de mensagem via Wi-Fi.
Decifrando o “Economês”: Inflação, Juros e Impostos
Para gerenciar bem o dinheiro, é preciso entender alguns conceitos. A inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços. Na prática, ela faz o dinheiro perder o poder de compra: com a mesma quantia, você compra menos coisas do que antes. No Brasil, o principal medidor da inflação é o IPCA, calculado pelo IBGE.
Outro conceito vital é o juro, que é o “aluguel” do dinheiro. Quando se pega um empréstimo, pagam-se juros. Quando se investe, recebem-se juros. Existem dois tipos:
- Juros Simples: Calculados apenas sobre o valor inicial. A fórmula é J = C * i * t (Juros = Capital x Taxa x Tempo).
- Juros Compostos: Conhecidos como “juros sobre juros”, são calculados sobre o valor inicial mais os juros já acumulados. Eles fazem o dinheiro ou a dívida crescer muito mais rápido.
Além disso, as famílias pagam impostos. Os mais comuns são o IPTU (para quem tem imóvel, pago no início do ano), o IPVA (para quem tem veículo, também no início do ano) e o Imposto de Renda (declarado anualmente sobre os ganhos do ano anterior, geralmente entre março e maio).
Cuidado com as Armadilhas: Crédito e Dívidas
Comprar a prazo pode ser perigoso. Bens de consumo rápido, como alimentos, e itens supérfluos nunca deveriam ser parcelados. O risco é continuar pagando por algo que já foi consumido. O uso descontrolado do cartão de crédito pode levar a dívidas enormes, pois os juros do rotativo (quando não se paga a fatura inteira) são os mais altos do mercado, podendo passar de 300% ao ano.
O cheque especial, aquele limite extra na conta corrente, e o empréstimo pessoal também possuem taxas de juros muito elevadas. Essas linhas de crédito devem ser evitadas ao máximo e usadas apenas em emergências extremas. Concluir a Especialidade de Orçamento Familiar passa por entender esses riscos.
Quando a família já está endividada, é preciso agir com um plano. O primeiro passo é listar todas as dívidas. Depois, cortar todos os gastos não essenciais, priorizar o pagamento das dívidas com juros mais altos e tentar negociar com os credores para conseguir condições melhores.
Do Cofrinho ao Investimento: Fazendo o Dinheiro Trabalhar
Um bom orçamento familiar não serve apenas para pagar contas, mas também para construir o futuro. Especialistas recomendam poupar uma parte da renda. A famosa regra 50-30-20 sugere destinar 20% da renda para poupança e investimentos. O mais importante é criar o hábito de guardar dinheiro, mesmo que seja uma porcentagem menor no início.
Mas onde guardar esse dinheiro? Além da poupança, existem opções mais rentáveis e seguras. Conhecer algumas delas é parte dos requisitos da Especialidade de Orçamento Familiar.
Tesouro Direto (Tesouro Selic)
É um investimento onde você “empresta” dinheiro para o governo. É considerado o mais seguro do Brasil, rende mais que a poupança e permite resgatar o dinheiro rapidamente. A desvantagem é a cobrança de Imposto de Renda sobre os lucros.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
Aqui, você “empresta” dinheiro para um banco. Também é muito seguro, pois conta com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Sua rentabilidade costuma ser superior à da poupança, mas também há cobrança de Imposto de Renda.
Ferramentas do Dia a Dia: Dominando as Finanças Pessoais
A gestão financeira envolve tarefas práticas. É preciso saber preencher um cheque corretamente, com valor numérico e por extenso, nome do beneficiário, data e assinatura. Para transferi-lo, basta o beneficiário assinar no verso (endosso). Também é essencial saber preencher um recibo, que deve conter o valor, o motivo do pagamento e os nomes e assinaturas de quem pagou e recebeu.
Pagar boletos em caixas de autoatendimento é simples: na opção “Pagamentos”, use o leitor de código de barras ou digite a numeração. Sempre confira os dados e guarde o comprovante. Aliás, arquivar recibos de contas importantes (água, luz, impostos) por pelo menos 5 anos é fundamental. Por fim, aprender a ler um extrato bancário ajuda a controlar as finanças: lançamentos com “C” são créditos (entradas) e com “D” são débitos (saídas).
O Desafio de 6 Meses: Colocando o Orçamento em Prática
A parte mais importante da Especialidade de Orçamento Familiar é a prática. Durante seis meses, o desbravador deve manter um controle de suas finanças pessoais, anotando toda entrada e saída de dinheiro. Isso pode ser feito em um caderno, planilha ou aplicativo. O objetivo é criar o hábito e entender os próprios padrões de consumo.
Esse mesmo exercício deve ser aplicado a toda a família. Com a ajuda dos pais, o desbravador deve montar um orçamento familiar completo e registrar todas as receitas e despesas por seis meses. Usar uma planilha online compartilhada pode facilitar o processo. Ao final de cada mês, a família deve se reunir para analisar os resultados, celebrar as economias e ajustar o plano para o próximo mês.
Uma Perspectiva de Fé: O Significado de Ser um Mordomo Fiel
A passagem de Malaquias 3:8-12 oferece uma base espiritual para a administração financeira. O texto questiona o povo sobre reter os dízimos e as ofertas, associando a infidelidade a uma maldição e a fidelidade a uma promessa de bênçãos abundantes. Ser um mordomo fiel, à luz dessa passagem, é reconhecer que tudo pertence a Deus e que somos apenas administradores dos recursos que Ele nos confia.
A fidelidade na devolução dos dízimos (10% da renda) e das ofertas voluntárias é um ato de adoração, confiança e gratidão, não uma transação comercial. Demonstra que a confiança está nas promessas de Deus, e não na segurança dos próprios recursos. Um mordomo fiel administra com sabedoria não apenas o dinheiro, mas também o tempo e os talentos, sabendo que um dia prestará contas ao Criador. Essa é a base de uma vida financeira equilibrada e de sucesso, que honra a Deus em todas as áreas.