Atividades Recreativas

Como Fazer a Especialidade de Fanfarra – Desbravadores

Especialidade de Fanfarra

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

  1. Escreva uma página demonstrando seu conhecimento sobre como uma fanfarra pode ser usada para ministrar dentro de sua: a. Igreja local b. Comunidade
  2. Quais são as quatro famílias de rudimentos.
  3. Ser capaz de dar o nome de cinco rudimentos de cada uma das quatro famílias de rudimentos.
  4. Demonstrar habilidade para manter o passo em uma fanfarra, tomando parte, no mínimo, em um programa demonstrativo (Ex: Dia do Desbravador, Conferência ou um evento patrocinado pela igreja local).
  5. Qual é a diferença entre suporte para tambores (bumbos) e talabartes? Fazer uma apresentação usando estes equipamentos.
  6. Quais são os sete rudimentos essenciais? Porque eles são essenciais?
  7. Qual a diferença entre toque aberto e toque fechado?
  8. Usando o método aberto/fechado, demonstrar seu conhecimento dos sete rudimentos essenciais. Começar tocando devagar, aumentar a velocidade gradualmente e em seguida diminuir a velocidade novamente.
  9. Qual a diferença entre a pegada tradicional e pegada moderna, no uso das baquetas? Demonstrar cada estilo de pegada tocando uma sequencia consistente com não menos de três rudimentos.
  10. Qual a diferença entre baquetas usadas para os bumbos, para as caixas e para os surdos?
  11. Quais são os instrumentos que compõem uma fanfarra?
  12. Baseado na questão anterior, qual a função de cada um dos instrumentos para a fanfarra?
  13. Quais são os vários tipos de dispositivos de proteção usados para segurança dos instrumentos da fanfarra?
  14. Quais são os vários tipos e tamanhos de baquetas usadas para fanfarras?
  15. Conhecer quais são os equipamentos e ferramentas usados na manutenção de uma fanfarra.

Aprendendo sobre a Especialidade de Fanfarra

Aprenda a tocar, marchar e ministrar com a Especialidade de Fanfarra! Descubra os instrumentos, os rudimentos de percussão e como usar a música para impactar positivamente sua igreja e comunidade. Este guia prático ajudará os desbravadores a cumprir todos os requisitos e se tornarem músicos disciplinados.

Como fazer a Especialidade de Fanfarra

A Fanfarra como Ferramenta de Ministério e Evangelismo

Uma fanfarra de desbravadores é muito mais do que um grupo musical; é uma poderosa ferramenta de ministério. A sua atuação pode ser sentida tanto dentro da igreja quanto na comunidade, servindo como um testemunho visual e sonoro da organização e do propósito do clube. Entender como utilizar esse recurso é fundamental para cumprir os objetivos da Especialidade de Fanfarra.

  1. Na Igreja Local: A presença da fanfarra pode criar um ambiente festivo e de celebração, sendo ideal para aberturas de programações especiais, cerimônias de investidura ou eventos realizados no pátio da igreja. Embora o uso durante o culto principal possa exigir um diálogo com membros mais conservadores, a fanfarra demonstra a disciplina e o talento dos jovens, atraindo outros para o clube.
  2. Na Comunidade: Externamente, o impacto é ainda maior. A fanfarra funciona como uma vitrine do Clube de Desbravadores, chamando a atenção em desfiles cívicos, como os de 7 de Setembro, inaugurações e eventos esportivos. Ela pode liderar passeatas de conscientização, como as do projeto “Quebrando o Silêncio”, e divulgar o início das atividades anuais, atraindo novos membros e levando o nome da igreja para as ruas.

Os Fundamentos da Percussão: Entendendo os Rudimentos

Para tocar em uma fanfarra, é essencial dominar os rudimentos, que são os padrões básicos e os blocos de construção da percussão. A Sociedade de Artes Percussivas (PAS) organiza esses fundamentos em quatro famílias principais, cada uma com características sonoras e de execução distintas. Conhecê-las é um passo crucial para desenvolver a técnica necessária na Especialidade de Fanfarra.

As Quatro Famílias de Rudimentos

  • Roll Rudiments (Rudimentos de Rulo): Focados em criar um som contínuo e sustentado, como um rolo de tambor.
  • Diddle Rudiments (Rudimentos de Toque Duplo): Caracterizados pela presença de toques duplos (Direita-Direita ou Esquerda-Esquerda) em sequência.
  • Flam Rudiments (Rudimentos de ‘Flam’): Baseados no “flam”, que consiste em uma nota de adorno suave seguida quase que instantaneamente por um toque principal mais forte.
  • Drag Rudiments (Rudimentos de ‘Arrasto’): Construídos sobre o “drag”, que são dois toques de adorno suaves que “arrastam” para a nota principal.

Exemplos de Rudimentos em Cada Família

Para demonstrar proficiência, é importante ser capaz de nomear e executar exemplos de cada família. Aqui estão cinco rudimentos para cada categoria:

  • Rudimentos de Rulo:
    • Single Stroke Roll (Toque Simples)
    • Five Stroke Roll (Rulo de Cinco Toques)
    • Six Stroke Roll (Rulo de Seis Toques)
    • Seven Stroke Roll (Rulo de Sete Toques)
    • Triple Stroke Roll (Rulo de Toque Triplo)
  • Rudimentos de Toque Duplo:
    • Single Paradiddle
    • Double Paradiddle
    • Triple Paradiddle
    • Single Paradiddle-diddle
    • (Esta família possui principalmente estas variações)
  • Rudimentos de ‘Flam’:
    • Flam
    • Flam Accent (Flam Acentuado)
    • Flam Tap
    • Flamacue
    • Flam Paradiddle
  • Rudimentos de ‘Arrasto’:
    • Drag (ou Ruff)
    • Single Drag Tap
    • Double Drag Tap
    • Lesson 25
    • Single Dragadiddle

Os Sete Rudimentos Essenciais para Todo Percussionista

Dentro do vasto universo dos rudimentos, sete deles são considerados a base de tudo. Eles formam o vocabulário fundamental da percussão e são indispensáveis para qualquer músico de fanfarra. Dominá-los melhora a coordenação, o controle, a velocidade e a precisão, permitindo a execução de ritmos complexos.

  • Single Stroke Roll (Toque Simples): Toques alternados (D-E-D-E).
  • Double Stroke Roll (Toque Duplo): Toques duplos com cada mão (DD-EE).
  • Five Stroke Roll (Rulo de Cinco Toques): Um rulo composto por cinco notas.
  • Paradiddle: Combinação de toques simples e duplos (D-E-DD).
  • Flam: Um toque principal com uma nota de adorno.
  • Drag: Um toque principal precedido por duas notas de adorno.
  • Buzz Roll (Rulo de Zumbido): Rulo fechado onde as baquetas criam múltiplos rebotes.

Dominando o Toque Aberto e Fechado

A execução dos rudimentos, especialmente os rulos, pode ser feita de duas formas: aberta ou fechada. A diferença está na clareza e na sonoridade. O toque aberto é quando cada batida individual é claramente audível e distinta. Já o toque fechado (ou Buzz Roll) acontece quando as batidas se fundem em um som contínuo, como um zumbido, usando os rebotes da baqueta na pele.

Um requisito prático da Especialidade de Fanfarra é demonstrar controle sobre essa dinâmica. O exercício clássico “aberto-fechado-aberto” consiste em começar um rudimento lentamente (aberto), aumentar a velocidade gradualmente até que os toques se fundam (fechado) e, em seguida, diminuir a velocidade para retornar ao toque aberto e definido. Isso mostra total controle sobre o instrumento.

Marchando em Ritmo: A Prática em Conjunto

A fanfarra une música e movimento. Manter o passo enquanto toca é uma habilidade que exige coordenação e muita prática. O bumbo e o surdo são o “coração” da marcha, ditando o ritmo que todos os outros devem seguir. A postura ereta é fundamental, não apenas para a estética, mas também para o equilíbrio e a respiração.

Os ensaios em conjunto são o momento de sincronizar os passos e a música, desenvolvendo a memória muscular. Além disso, é preciso conhecer e executar com precisão os comandos de ordem unida, como “marcar passo”, “ordinário marche” e “alto”. A participação em um evento, como o Dia do Desbravador, é a prova final dessa habilidade.

Segurando as Baquetas: Pegada Tradicional vs. Moderna

A forma como as baquetas são seguradas influencia diretamente o som e a técnica. Existem duas abordagens principais que os desbravadores devem conhecer para a Especialidade de Fanfarra.

  • Pegada Tradicional (Traditional Grip): Originada nas fanfarras militares, onde o tambor ficava inclinado, esta pegada é assimétrica. A mão não dominante segura a baqueta por baixo, com um movimento de rotação do pulso, enquanto a mão dominante a segura por cima. É muito associada ao jazz, mas ainda vista em fanfarras.
  • Pegada Moderna (Matched Grip): É a mais comum hoje. Ambas as mãos seguram a baqueta da mesma forma (são “casadas”), com a palma virada predominantemente para baixo. Essa pegada foi desenvolvida para gerar mais volume e potência, sendo versátil para todos os estilos musicais.

Equipamentos do Músico e do Instrumento

Suportes vs. Talabartes: Carregando seu Instrumento com Segurança

A escolha entre suporte e talabarte depende do peso do instrumento. O suporte (colete) é uma estrutura robusta, com alças sobre os dois ombros, projetada para distribuir o peso de instrumentos pesados como bumbos e multi-toms. Ele oferece mais conforto e estabilidade. Já o talabarte é uma faixa mais simples, usada para instrumentos leves como caixas e surdos. Ele passa sobre um ombro ou na cintura e, embora ofereça menos suporte, permite maior liberdade de movimento.

Conhecendo os Instrumentos da Fanfarra

Uma fanfarra de desbravadores é tipicamente composta por duas seções principais:

  • Seção de Percussão: Inclui o Bumbo (base grave), Caixa/Tarol (ritmo repicado), Surdo (pulso da marcha), Pratos (acentuações e brilho) e, por vezes, a Lira (melodia).
  • Seção de Sopro: Formada por Cornetas e Cornetões, que são responsáveis pela melodia e harmonia da música.

A Função de Cada Instrumento no Conjunto

Cada instrumento tem um papel específico. O Bumbo é o coração, mantendo o tempo forte. A Caixa é a voz rítmica, executando os padrões complexos. O Surdo trabalha com o bumbo para criar a base. Os Pratos adicionam impacto e acentuação. As Cornetas cantam a melodia, e a Lira adiciona uma textura melódica brilhante. Juntos, eles criam a música vibrante da fanfarra.

A Baqueta Certa para Cada Tambor

As baquetas variam drasticamente para produzir o som correto para cada tambor. As de bumbos são chamadas de macetas e têm uma cabeça grande e macia de feltro ou lã para um som grave e profundo. As de caixa são as clássicas baquetas de madeira, projetadas para rebote e articulação. As de surdo são geralmente um pouco mais pesadas que as de caixa para gerar mais volume e peso sonoro.

Os tamanhos são indicados por um número (diâmetro) e uma letra (peso/uso). Modelos como 2B, que são mais grossos e pesados, são comuns para caixas de fanfarra, pois produzem mais volume. O material, como madeira (Hickory, Marfim) ou fibra, e o formato da ponta (barril, gota) também influenciam o timbre final.

Cuidando do seu Equipamento: Manutenção e Proteção

Protegendo os Instrumentos Contra Danos

Proteger os instrumentos é vital. Cases rígidos oferecem proteção máxima contra impactos, ideais para viagens longas. Para o dia a dia, bags ou capas acolchoadas são mais leves e protegem contra arranhões e batidas leves. Também é importante ter capas de proteção contra chuva e evitar a exposição direta ao sol, que pode danificar a madeira e o metal dos instrumentos.

Ferramentas Essenciais para a Manutenção da Fanfarra

Uma boa manutenção garante a longevidade dos instrumentos. Todo percussionista de fanfarra deve conhecer e ter acesso a algumas ferramentas básicas:

  • Chave de Afinação: A ferramenta mais importante para apertar ou soltar os parafusos e ajustar o tom do tambor.
  • Lubrificantes: Óleo ou graxa para as roscas dos parafusos, evitando que emperrem.
  • Panos de Limpeza: Panos de microfibra para limpar poeira e marcas de dedo das ferragens e cascos.
  • Peças de Reposição: É fundamental ter peles extras e fios de esteira de caixa para trocas emergenciais.
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Sobre Fontalis AI

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