Como Fazer a Especialidade de Viagem e Turismo – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Viagem e Turismo

A Especialidade de Viagem e Turismo abre um mundo de possibilidades, ensinando a planejar aventuras, entender culturas e explorar novos lugares com sabedoria. Este guia prático ajudará os desbravadores a cumprir todos os requisitos, transformando cada viagem em uma experiência de aprendizado inesquecível.

Como fazer a Especialidade de Viagem e Turismo

Explorando o Mundo: Modais de Transporte

Viajar envolve se deslocar, e para isso, a humanidade criou inúmeros meios de transporte, desde os mais simples, como bicicletas, até os mais complexos, como submarinos e dirigíveis. No entanto, cinco modais se destacam como os mais comuns globalmente. Conhecer suas vantagens e desvantagens é o primeiro passo para planejar qualquer jornada.

1. Transporte Rodoviário (Carros e Ônibus):
   • Prós: Oferece grande flexibilidade de rotas e horários, sendo ideal para curtas e médias distâncias. A contratação do serviço é ágil e a documentação, simples.
   • Contras: Possui custo elevado com combustível e pedágios, capacidade de carga limitada, maior risco de acidentes e contribui para a poluição do ar.
2. Transporte Ferroviário (Trens):
   • Prós: Apresenta custo de frete mais baixo para grandes volumes e longas distâncias, com menor risco de acidentes. É mais sustentável que o transporte rodoviário.
   • Contras: As rotas são fixas e inflexíveis, exigindo outros meios de transporte para a entrega final (transbordo). Em muitos países, o investimento na malha ferroviária é baixo.
3. Transporte Aéreo (Aviões):
   • Prós: É extremamente rápido, sendo a melhor opção para longas distâncias e para o transporte de cargas perecíveis ou de alto valor.
   • Contras: Tem um custo muito elevado, capacidade de carga restrita por peso e tamanho, e sempre depende de outros modais para a coleta e entrega.
4. Transporte Aquaviário (Navios e Balsas):
   • Prós: Ideal para transportar grandes volumes a longas distâncias com baixo custo, sendo fundamental para o comércio internacional.
   • Contras: É o meio de transporte mais lento, inadequado para produtos perecíveis. Os trâmites burocráticos e a documentação podem ser complexos.
5. Transporte Dutoviário (Dutos):
   • Prós: Oferece alta segurança e confiabilidade para transportar continuamente grandes volumes de líquidos e gases, como petróleo e gás natural.
   • Contras: O custo de instalação é altíssimo, o percurso é inflexível e há um grande risco de desastres ambientais em caso de acidentes ou vazamentos.

Onde Ficar: Tipos de Hospedagem para Cada Aventura

A escolha da hospedagem impacta diretamente a experiência de uma viagem. Cada opção oferece um balanço diferente entre custo, conforto e interação cultural. Compreender os prós e contras ajuda a tomar a decisão certa para o seu roteiro e orçamento.

• Hotel:
  • Prós: Conforto, privacidade e uma ampla gama de serviços como limpeza, segurança 24 horas e áreas de lazer.
  • Contras: Custo geralmente mais alto e menor interação com a cultura local e outros viajantes.
• Albergue da Juventude (Hostel):
  • Prós: Preço muito acessível e um ambiente social intenso que facilita conhecer pessoas do mundo todo.
  • Contras: Menor privacidade, especialmente em quartos compartilhados, e o conforto pode ser limitado.
• Casa de Amigos ou Família:
  • Prós: Custo zero ou muito baixo, ambiente acolhedor e uma imersão autêntica na cultura local.
  • Contras: Menor liberdade e privacidade, pois é preciso se adaptar à rotina da casa.
• Trailer ou Acampamento:
  • Prós: Contato direto com a natureza, grande flexibilidade de deslocamento e baixo custo.
  • Contras: Exige equipamentos específicos, oferece conforto limitado e maior exposição às condições climáticas.
• Resort:
  • Prós: Infraestrutura completa de lazer e serviços (tudo incluído), oferecendo alto nível de conforto e segurança.
  • Contras: Custo muito elevado e tende a isolar o viajante da realidade e cultura local.

Documentação Essencial para Viajantes

Nenhuma viagem acontece sem os documentos corretos. A exigência varia conforme o destino, seja dentro do seu estado, para outro estado ou para outro país. Organizar essa parte com antecedência evita grandes dores de cabeça.

Viagens Nacionais (Intermunicipais e Interestaduais)

Para viajar dentro do Brasil, a documentação é mais simples. Adultos precisam apenas de um documento oficial com foto, como RG ou CNH. Adolescentes a partir de 16 anos podem viajar desacompanhados portando um documento com foto. Já crianças menores de 16 anos, se não estiverem com os pais ou parentes próximos (como avós e tios, com comprovação de parentesco), necessitam de uma autorização de viagem.

Viagens Internacionais

Cruzar fronteiras exige mais preparação. A documentação varia se o destino pertence ou não ao mesmo bloco econômico que o Brasil.

• Para países do Mercosul (Argentina, Uruguai, etc.): Brasileiros podem entrar apenas com a Carteira de Identidade (RG) original e em bom estado. A CNH não é válida para imigração.
• Para outros países: A lista de exigências aumenta. É obrigatório ter um Passaporte Válido, geralmente com no mínimo seis meses de validade. Muitos países exigem um Visto de entrada, que é uma permissão solicitada previamente no consulado. Além disso, a imigração pode pedir comprovantes de passagem de volta, hospedagem, seguro viagem e recursos financeiros para a estadia. Em alguns casos, o Certificado Internacional de Vacinação (como o de febre amarela) é mandatório.

Mergulhando em um Destino: Pesquisa e Descoberta

Parte da diversão de viajar começa antes mesmo de sair de casa. Para cumprir um dos requisitos práticos da Especialidade de Viagem e Turismo, o desbravador deve se aprofundar em um local específico. Uma opção é assistir a um programa de TV ou vídeo que explore a geografia e as paisagens de um destino. A outra opção é fazer uma pesquisa completa sobre uma cidade ou região que gostaria de visitar.

Ao escolher a pesquisa, é preciso coletar informações-chave para apresentar ao seu instrutor. Use a internet, livros e atlas para descobrir:

• População: Quantas pessoas vivem no local.
• Comidas Típicas: Os pratos tradicionais da culinária local.
• Clima e Geografia: Como são as temperaturas durante o ano e a paisagem natural (praias, montanhas, florestas).
• Cultura: Costumes, festas populares, música e os principais pontos turísticos.

Cruzando Fronteiras: Preparação e Comportamento no Exterior

Viajar para o exterior é uma experiência incrível, mas exige planejamento e, acima de tudo, respeito. A preparação envolve garantir toda a documentação necessária, como passaporte, visto (se exigido), passagens, seguro viagem e comprovantes financeiros. Uma vez no destino, o comportamento do turista faz toda a diferença.

A regra de ouro do viajante é o respeito. Um bom turista observa, aprende e se adapta à cultura local, em vez de tentar impor a sua.

Para ser um turista exemplar, pesquise os costumes locais. Aprender algumas palavras básicas do idioma, como “olá” e “obrigado”, demonstra consideração. Respeite as leis, os códigos de vestimenta em locais religiosos e as tradições, como a forma de dar gorjeta ou a pontualidade. Seja curioso e aberto a novas experiências, evitando julgar ou criticar o que é diferente. Esse comportamento não só enriquece sua viagem, mas também deixa uma impressão positiva do seu país.

Planejando sua Aventura: Como Criar um Roteiro de Viagem

Um bom roteiro é o mapa para uma viagem bem-sucedida. Para este requisito da Especialidade de Viagem e Turismo, o desafio é criar um plano de 7 dias para férias em família. O segredo é equilibrar atividades e descanso. Comece definindo o destino e, em seguida, pesquise as atrações, incluindo um lugar histórico, dois parques naturais e uma área de recreação.

Organize o roteiro diário agrupando as atrações por proximidade para otimizar o tempo. Anote informações práticas como horários, preços e como chegar. Veja um exemplo de estrutura para um roteiro de 7 dias em Florianópolis-SC:

• Dia 1: Viagem e chegada. Check-in e exploração da vizinhança.
• Dia 2 (História): Visita ao Centro Histórico (Mercado Público, Praça XV).
• Dia 3 (Natureza 1): Trilha no Parque Estadual do Rio Vermelho.
• Dia 4 (Recreação): Dia na Praia dos Ingleses, com opção de sandboard nas dunas.
• Dia 5 (Natureza 2): Passeio de barco e trilha na Ilha do Campeche.
• Dia 6: Manhã livre para compras ou revisitar um local.
• Dia 7: Check-out e viagem de volta.

Viagens nos Tempos Bíblicos: Uma Jornada ao Passado

Nos tempos bíblicos, viajar era uma tarefa árdua e perigosa, motivada principalmente por comércio, festas religiosas ou missões. As pessoas dependiam de métodos simples e da força de animais para se locomover.

• A Pé: O meio mais comum para a maioria da população. As pessoas viajavam em caravanas para segurança, cobrindo cerca de 30 km por dia.
• Uso de Animais: Burros e mulas eram os mais utilizados para montaria e carga. Camelos eram essenciais para cruzar desertos, enquanto cavalos eram mais raros, usados por militares e pela elite.
• Transporte Aquático: Navios e barcos eram usados para viagens longas pelo Mar Mediterrâneo, sendo um meio mais rápido e barato para conectar cidades costeiras como Éfeso e Cesareia. O apóstolo Paulo usou muito este meio em suas viagens missionárias.
• Carruagens e Carroças: Carruagens eram para uso militar ou de oficiais, enquanto carroças de bois transportavam cargas pesadas em distâncias curtas.

Calculando a Jornada: De Jerusalém a Damasco

A distância entre Jerusalém e Damasco é de aproximadamente 250 quilômetros. Para calcular o tempo de viagem na época bíblica, consideramos a velocidade dos transportes disponíveis. Uma jornada a pé, cobrindo em média 25 a 30 km por dia, levaria entre 8 e 10 dias. Já uma viagem com animais de montaria, como a que o apóstolo Paulo provavelmente fez, seria mais rápida, durando cerca de 5 a 6 dias. Esses cálculos não incluem paradas para descanso ou imprevistos, que poderiam estender a jornada.

Mapeando a Fé: A Viagem Missionária de Paulo

Este requisito prático da Especialidade de Viagem e Turismo consiste em desenhar um mapa de uma viagem bíblica. Uma ótima escolha é a primeira viagem missionária do apóstolo Paulo, registrada em Atos 13-14, que envolveu trechos por terra e por mar. Para cumprir o requisito, o desbravador deve seguir estes passos:

• Desenhe o Mapa Base: Esboce a região do Mediterrâneo oriental, incluindo a Síria, a ilha de Chipre e a atual Turquia.
• Trace a Rota: Conecte as cidades na ordem correta da viagem: Antioquia da Síria → Salamina → Pafos → Perge → Antioquia da Pisídia → Icônio → Listra → Derbe, e o caminho de volta.
• Use Marcações Diferentes: Utilize uma linha pontilhada (—) para os trechos por terra e uma linha ondulada (~~~) para os trechos por mar.
• Crie uma Legenda: No canto do mapa, adicione uma legenda explicando o que cada tipo de linha e símbolo significa, identificando os personagens (Paulo e Barnabé) e as paradas principais.