Atividades Recreativas

Como Fazer a Especialidade de Ordem Unida – instrutor – Desbravadores

Especialidade de Ordem Unida - instrutor

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

  1. Ter a especialidade de Ordem unida – avançado.
  2. Relacione algumas regras de segurança para se praticar ordem unida. Considerar tipo de solo, calçados, etc.
  3. Demonstrar conhecimento em primeiros socorros para o seguinte:
    1. Torção
    2. Insolação
  4. Com base nas três etapas da voz de comando, identifique-as nos comandos a seguir:
    1. Clube, sentido
    2. Direita volver
    3. Frente para a retaguarda
    4. Marcar passo
    5. Em frente
    6. Em direção à esquerda
    7. Fora de forma, marche
  5. Utilizando-se do método de ensino de execução por tempos, explique como se desenvolve cada parte da execução dos seguintes comandos:
    1. A pé firme
    2. Em deslocamento
  6. Como deve ser a inserção de novatos nos exercícios de ordem unida? Explique qual a importância das instruções individuais e da divisão inicial do grupo por nível de habilidade.
  7. Descreva os deveres e as qualidades que um instrutor deve ter para que os exercícios de ordem unida atinjam as suas finalidades.
  8. Ensinar um grupo de desbravadores novos no clube a executarem corretamente os requisitos 7 e 8 da especialidade de Ordem Unida.
  9. Em quais posições (postura e posição) o instrutor deverá permanecer enquanto comanda um grupo em ordem unida, parado e em deslocamento?
  10. Comandar um grupo por, pelo menos, 30 minutos. Neste período deverão ser efetuados comandos a pé firme e em passo ordinário. O que deve ser avaliado é o posicionamento, postura, a energia e execução correta das etapas de voz de quem comanda.
  11. Treinar um grupo de desbravadores, ensinando os movimentos com bandeirins e participar de uma cerimônia cívica na igreja ou em outra programação especial.
  12. Participar de, pelo menos, 3 desfiles como instrutor de pelotão. Um dos pelotões deve ser de bandeiras e/ou bandeirins.
  13. Quais as diferenças entre a forma de condução de bandeiras e bandeirins, em desfiles e passeatas?
  14. Descrever a diferença entre coreografia e ordem unida.
  15. Usando apenas os comandos abaixo, desenvolver e treinar um grupo de, pelo menos, 30 desbravadores a formarem um dos emblemas dos Desbravadores. O grupo devera iniciar a evolução a partir da formação que se entra em forma.
  16. Criar uma evolução usando os comandos e movimentos padrões de ordem unida.
  17. Criar uma brincadeira usando seu conhecimento de ordem unida.
  18. Que princípios de ordem unida podem ser aprendidos na Bíblia através da leitura de Joel 2: 7 e 8? Que importante promessa esse mesmo capítulo ensina nos versos 28 e 32?

Aprendendo sobre a Especialidade de Ordem Unida – instrutor

Tornar-se um líder de pelotão é um passo marcante na jornada de um desbravador. A Especialidade de Ordem Unida – Instrutor desenvolve disciplina, liderança e a capacidade de ensinar. Este guia detalha os requisitos para dominar os comandos, treinar seu pelotão e ser um exemplo de precisão e marcialidade para todos.

Como fazer a Especialidade de Ordem Unida – instrutor

O Ponto de Partida: Dominando a Ordem Unida Avançada

Para se tornar um instrutor, o primeiro passo é ser um mestre naquilo que se pretende ensinar. Por isso, ter a especialidade de Ordem Unida – Avançado é um pré-requisito fundamental. Isso garante que o candidato já possui uma base sólida, incluindo experiência em um pelotão por pelo menos seis meses, participação em apresentações públicas e o domínio de movimentos com bandeirins. A habilidade de manter o passo, executar evoluções e comandar um grupo em movimentos básicos já deve estar consolidada.

Segurança em Primeiro Lugar: Prevenindo e Tratando Lesões

A prática da ordem unida exige atenção à segurança para evitar acidentes e garantir o bem-estar de todos os desbravadores. Um bom instrutor está sempre atento a esses detalhes, que são cruciais para o sucesso do treinamento.

Regras de Segurança Essenciais na Prática

  • Local Adequado: O terreno deve ser plano, livre de buracos, pedras ou qualquer obstáculo. Solos muito duros, como asfalto, ou escorregadios, como grama molhada, devem ser evitados.
  • Calçados Apropriados: É indispensável o uso de calçados fechados e confortáveis, como botas ou tênis, que ofereçam bom suporte aos tornozelos.
  • Hidratação Constante: Especialmente em dias quentes, pausas regulares para beber água são essenciais para evitar a desidratação.
  • Duração do Treino: Sessões curtas e frequentes, de no máximo 30 minutos contínuos, são mais eficazes e evitam o cansaço excessivo.
  • Condições Climáticas: A prática sob sol forte ou chuva intensa deve ser evitada. Procurar locais com sombra é sempre uma boa opção.
  • Respeito aos Limites: O instrutor deve respeitar as limitações físicas de cada um, sem forçar ou ridicularizar quem apresenta dificuldades.

Primeiros Socorros para Torções e Insolação

Mesmo com todas as precauções, acidentes podem acontecer. Saber como agir em situações de emergência é uma responsabilidade chave na Especialidade de Ordem Unida – instrutor. As lesões mais comuns são torções e casos de insolação.

Para casos de Torção (Entorse):

  1. Repouso: Interromper a atividade imediatamente e evitar colocar peso sobre a articulação afetada.
  2. Gelo: Aplicar uma bolsa de gelo enrolada em um pano no local por 15 a 20 minutos para reduzir a dor e o inchaço.
  3. Compressão: Enfaixar a articulação com uma atadura elástica para dar firmeza, sem apertar demais.
  4. Elevação: Manter o membro lesionado elevado, de preferência acima do nível do coração.

Para casos de Insolação:

  1. Levar a vítima para um local fresco, arejado e com sombra imediatamente.
  2. Afrouxar as roupas para facilitar a respiração e o resfriamento do corpo.
  3. Aplicar compressas úmidas na testa, pescoço, axilas e virilhas.
  4. Se a pessoa estiver consciente, oferecer água em pequenos goles.
  5. Procurar atendimento médico o mais rápido possível, pois a insolação é uma condição grave.

A Arte da Voz de Comando: Estrutura e Aplicação

A voz de comando é a ferramenta principal do instrutor. Ela possui uma estrutura de três partes que garante clareza e precisão na execução dos movimentos. Compreender essa estrutura é essencial para comandar com eficácia.

  • Voz de Advertência: Alerta o grupo sobre um comando iminente (Ex: “Clube!”).
  • Voz de Comando: Indica qual movimento será executado (Ex: “Direita”).
  • Voz de Execução: Determina o momento exato da ação, sendo curta e enérgica (Ex: “VOLVER!”).

Analisando alguns comandos, a identificação fica mais clara:

  • Clube, sentido: “Clube” (Advertência) e “Sentido” (Execução, com comando implícito).
  • Direita volver: “Direita” (Comando) e “Volver” (Execução).
  • Frente para a retaguarda: “Frente para a” (Comando) e “Retaguarda” (Execução).
  • Marcar passo: “Marcar” (Comando) e “Passo” (Execução).
  • Fora de forma, marche: “Fora de forma” (Comando) e “Marche” (Execução).

Ensinando com Precisão: O Método por Tempos

Para ensinar movimentos complexos, o método por tempos é uma técnica pedagógica valiosa. Ele divide a ação em partes menores e numeradas, permitindo que os desbravadores aprendam o movimento passo a passo, facilitando a correção e a memorização.

Execução a Pé Firme (Ex: Esquerda Volver)

  1. Tempo 1: O desbravador levanta a ponta do pé esquerdo e o calcanhar do direito, apoiando o peso do corpo nesses dois pontos.
  2. Tempo 2: Gira 90 graus para a esquerda sobre o pivô formado pelo calcanhar esquerdo e a ponta do pé direito.
  3. Tempo 3: Une o pé direito ao esquerdo com energia, batendo os calcanhares e voltando à posição de “Sentido”.

Execução em Deslocamento (Ex: Direita Volver em Marcha)

  1. A voz de comando é dada quando o pé esquerdo toca o solo.
  2. O desbravador dá um passo à frente com o pé direito e, ao assentá-lo, gira 90 graus para a direita sobre a planta do pé.
  3. A perna esquerda avança flexionada, bate no solo e a marcha recomeça na nova direção.

Integrando Novos Desbravadores com Sucesso

A maneira como um novato é introduzido à ordem unida pode definir sua percepção sobre a atividade. A inserção deve ser gradual e encorajadora. A instrução individual é o ponto de partida ideal, pois permite que o instrutor dê atenção focada, corrija posturas com paciência e construa a confiança do desbravador sem a pressão do grupo. Somente após o domínio dos movimentos básicos, o novato deve ser integrado ao coletivo.

Quando possível, dividir o pelotão por nível de habilidade (iniciantes, intermediários, avançados) otimiza o treino. Essa estratégia permite um ensino direcionado, evitando que os avançados fiquem entediados e que os iniciantes se sintam perdidos. Isso cria um ambiente de aprendizado mais justo e motivador para todos.

O Perfil do Instrutor: Deveres e Qualidades de um Líder

Ser um instrutor de ordem unida vai além de saber os comandos. É um papel de liderança e educação. Para que os objetivos de disciplina e unidade sejam alcançados, o instrutor deve possuir certas qualidades e cumprir deveres específicos.

  • Deveres: Explicar e demonstrar cada movimento, corrigir com paciência, planejar a instrução, garantir a segurança e, acima de tudo, ser o exemplo em disciplina e postura.
  • Qualidades: Paciência e respeito são fundamentais. A voz de comando deve ser firme, mas não agressiva. É preciso ter conhecimento técnico, liderança, entusiasmo e uma boa aparência pessoal, com o uniforme sempre alinhado.

Plano de Aula Prático: Ensinando os Fundamentos

Para cumprir os requisitos práticos da Especialidade de Ordem Unida – instrutor, como ensinar os movimentos básicos a um grupo de novatos, um plano de aula estruturado é a chave. A sessão pode ser dividida em etapas, começando com uma preparação animada, seguida pelo ensino dos movimentos a pé firme (Sentido, Descansar, Voltas) e, depois, os movimentos em marcha (Passo Ordinário, Alto, Marcar Passo). Utilizar o método por tempos e analogias ajuda na compreensão. O encerramento deve incluir uma revisão e palavras de incentivo.

Posicionamento Estratégico do Instrutor

A posição do instrutor durante o comando não é aleatória; ela é estratégica para garantir a eficácia da instrução. Com o grupo parado, o instrutor deve se posicionar à frente e centralizado, a uma distância que permita ser visto e ouvido por todos, sempre na posição de “Sentido” ao comandar. Já com o grupo em deslocamento, a posição correta é ao lado esquerdo da formação, na altura do meio do pelotão. Isso permite observar o alinhamento, a cadência e fazer correções individuais com facilidade.

Liderando na Prática: Comandando um Pelotão por 30 Minutos

A avaliação prática de comandar um grupo por 30 minutos testa a capacidade do candidato a instrutor. O segredo é planejar a sessão, alternando entre comandos a pé firme e em marcha para manter o grupo engajado. O avaliador observará o posicionamento correto, a postura exemplar, a energia e o entusiasmo transmitidos, e a execução da voz de comando, que deve ser clara, com a entonação correta e com a pausa adequada entre a voz de comando e a de execução.

Conduzindo com Honra: Bandeiras, Bandeirins e Desfiles

A condução de bandeiras e bandeirins adiciona um elemento de solenidade à ordem unida. O instrutor deve saber ensinar os movimentos específicos e liderar o pelotão em cerimônias e desfiles, demonstrando respeito e precisão.

Ensinando Movimentos com Bandeirins

O bandeirim possui movimentos próprios que adaptam os comandos a pé firme. Posições como “Descansar”, “Sentido”, “Apresentar Arma” (para hinos ou orações) e “Ombro Arma” (para marcha) devem ser ensinadas com atenção aos detalhes, como a posição das mãos e o ângulo do mastro.

Atuando como Instrutor em Desfiles

Participar de desfiles como instrutor é uma experiência prática valiosa. Exige preparação intensa, com treinos focados na manutenção do passo e alinhamento. Durante o desfile, o instrutor se posiciona ao lado esquerdo do pelotão, comandando as conversões e a continência ao passar por autoridades com o comando “OLHAR À DIREITA!”.

Diferenças na Condução de Bandeiras e Bandeirins

Embora ambos sejam símbolos, há diferenças cruciais na condução. As bandeiras são mais pesadas, exigem um cinto especial (talabarte) e são mantidas na vertical. A Bandeira Nacional, em particular, nunca se inclina. Já os bandeirins são mais leves, conduzidos na posição de “Ombro Arma” durante o desfile, e seu portador executa todos os comandos, incluindo virar a cabeça em continência.

Ordem Unida vs. Coreografia: Disciplina versus Expressão Artística

É importante não confundir ordem unida com coreografia. A Ordem Unida tem finalidade prática e formativa, com movimentos padronizados e rígidos, executados sob voz de comando para desenvolver disciplina e unidade. A Coreografia, por outro lado, tem finalidade artística e expressiva, com movimentos livres e criativos, geralmente sincronizados com música para contar uma história ou criar um efeito visual.

Criatividade e Precisão: Desenvolvendo Evoluções

As evoluções são o lado criativo da ordem unida. Elas combinam comandos padrões para criar apresentações complexas e visualmente impactantes. O planejamento é a chave para o sucesso.

Formando Emblemas com Comandos Básicos

Um desafio interessante é usar comandos básicos para formar figuras, como o triângulo dos Desbravadores. Isso exige um planejamento cuidadoso no papel, calculando quantos passos e giros cada desbravador precisa executar. Comandos como “X passos em frente, MARCHE”, “Conversão à Direita” e “Oitavas a esquerda” são ferramentas essenciais para mover as colunas e fileiras de forma precisa até a formação desejada.

Criando uma Evolução Sincronizada

Uma evolução, ou ordem unida sem comando, é uma sequência de movimentos planejada e sincronizada com uma música ou contagem. O processo envolve escolher uma música com batida clara, desenhar a sequência de movimentos no papel, atribuir um número de batidas a cada movimento e ensaiar exaustivamente, primeiro com contagem e depois com a música, até atingir a sincronia perfeita.

Aprendizado Divertido: Brincadeiras com Ordem Unida

Transformar o treino em diversão é uma ótima maneira de engajar os desbravadores. Brincadeiras que usam comandos de ordem unida ajudam a reforçar o aprendizado de forma leve.

  • O Mestre Mandou (Versão O.U.): O líder dá comandos de ordem unida, mas só devem ser obedecidos se precedidos por “O mestre mandou…”. Treina a atenção.
  • Corrida de Comandos: Unidades competem para ver quem executa uma sequência de comandos mais rápido e corretamente.
  • Labirinto Humano: Os desbravadores formam um labirinto com os braços, e o instrutor muda os corredores com comandos de “Direita Volver” ou “Esquerda Volver”, enquanto um “gato” persegue um “rato”.

Fundamentos Espirituais: Lições de Joel para o Desbravador

A Bíblia também oferece princípios que se alinham com a ordem unida. Os versos de Joel 2:7-8 descrevem um exército disciplinado que serve como uma poderosa analogia. “Cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira” e “Não empurram uns aos outros” falam diretamente sobre alinhamento, cobertura, respeito e cooperação, valores centrais tanto para um pelotão quanto para o povo de Deus.

O mesmo capítulo, nos versos 28 e 32, traz promessas fundamentais. A primeira é o derramamento do Espírito Santo sobre todos, capacitando o povo de Deus para a missão. A segunda é a promessa da salvação para “todo aquele que invocar o nome do SENHOR”. Essas promessas lembram ao instrutor e aos desbravadores que a disciplina e a unidade têm um propósito maior: servir a Deus, que nos capacita e nos oferece a salvação.

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Sobre Fontalis AI

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