Como Fazer a Especialidade de Natação – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter a especialidade de Natação intermediário II.
- Nadar continuamente 1.500 metros, em quaisquer combinações de estilo de nado.
- Nado crawl – 800 metros sem intervalo.
- Nadar em baixo da água em apneia (sem respirar) por 25 metros.
- Nado de costas – 200 metros sem intervalo.
- Nado peito – 200 metros.
- Nado borboleta – 50 metros.
- Demonstrar virada olímpica no nado de costas, peito, borboleta e crawl.
- Falar sobre os princípios do bom condicionamento e demonstrá-los verificando seu ritmo cardíaco.
- Revisar as normas de segurança na água.
- Flutuar ou manter-se na superfície durante 5 minutos. (1 minuto com a mão fora da água).
- Simular um resgate com prancha ou corda para socorrer vítimas.
Aprendendo sobre a Especialidade de Natação – avançado
Pronto para o próximo nível? A Especialidade de Natação – avançado desafia seus limites na água. Este guia ajuda a dominar nados de longa distância, viradas olímpicas eficientes e técnicas de resgate, transformando desbravadores em nadadores completos e seguros, prontos para qualquer desafio aquático.
Como fazer a Especialidade de Natação – avançado
Construindo a Base: O Pré-requisito Essencial
Para iniciar a jornada na Especialidade de Natação – avançado, é fundamental já possuir a especialidade de Natação Intermediário II. Este pré-requisito garante que o desbravador tenha uma base sólida, dominando distâncias consideráveis nos quatro estilos principais e habilidades como flutuação e nado vestido. Concluir a etapa intermediária é o primeiro passo para enfrentar os desafios mais exigentes desta especialidade avançada.
Superando Limites: Os Desafios de Resistência
A resistência é um pilar desta especialidade. O desafio de nadar 1.500 metros continuamente testa o preparo físico e mental. A estratégia é fundamental, e a combinação de estilos, como alternar entre crawl, costas e peito, ajuda a distribuir o esforço entre diferentes grupos musculares, evitando a fadiga. Manter um ritmo constante e uma respiração controlada é a chave para completar a distância com sucesso.
Dentro dos desafios de resistência, o nado crawl se destaca com a prova de 800 metros sem paradas. Para isso, a eficiência é tudo. Uma braçada potente, pernada constante e, principalmente, uma respiração ritmada e bilateral ajudam a manter o equilíbrio e a hidrodinâmica. O uso correto da virada olímpica a cada volta na piscina também economiza tempo e energia preciosos.
Dominando a Técnica dos Estilos Específicos
Além da resistência, o aperfeiçoamento técnico de cada nado é um dos requisitos. No nado de costas, para completar os 200 metros, é crucial manter o quadril elevado, próximo à superfície, e usar a rotação dos ombros para alcançar uma braçada longa e eficiente. A cabeça deve permanecer estável, garantindo um nado alinhado e com menor arrasto.
Para os 200 metros de nado peito, o segredo está no deslize. Após cada ciclo de braçada e pernada, a posição de streamline deve ser mantida para maximizar a distância percorrida com o mínimo de esforço. Já no nado borboleta, o mais exigente fisicamente, o desafio é completar 50 metros. A técnica se baseia no movimento ondulatório contínuo do corpo e na coordenação de duas pernadas para cada ciclo de braçada.
Técnica e Segurança no Nado Submerso
Nadar 25 metros em apneia é um teste de controle e técnica. Antes de submergir, uma respiração diafragmática profunda otimiza o oxigênio, mas a hiperventilação deve ser evitada. O movimento mais eficiente sob a água é a ondulação do corpo, mantendo a posição de streamline. Esta atividade exige máxima atenção à segurança e deve ser sempre praticada sob supervisão, nunca sozinho, devido ao risco de síncope de águas rasas.
Aperfeiçoando a Eficiência: As Viradas Olímpicas
A virada olímpica é uma técnica que economiza tempo e mantém o ritmo do nado. Dominá-la nos quatro estilos é um requisito importante da Especialidade de Natação – avançado. Cada estilo possui uma particularidade:
- Crawl e Costas: A virada envolve uma cambalhota na água. No crawl, o nadador gira para frente. No costas, ele primeiro vira de bruços, dá uma braçada e então executa a cambalhota, empurrando a parede já na posição correta do nado.
- Peito e Borboleta: A regra exige o toque simultâneo das duas mãos na parede. Após o toque, o nadador recolhe as pernas e gira o corpo lateralmente para impulsionar e iniciar um novo deslize submerso, sem realizar uma cambalhota.
Entendendo seu Corpo: Condicionamento e Frequência Cardíaca
Um bom condicionamento físico é a base para um nadador. Isso envolve capacidade cardiovascular, força e flexibilidade. A frequência cardíaca (FC) é um ótimo indicador para medir a intensidade do esforço. Para demonstrar esse princípio, o desbravador deve aprender a verificar seu ritmo cardíaco.
A medição é simples: posicione os dedos indicador e médio no pulso ou no pescoço, conte as batidas por 15 segundos e multiplique por 4 para obter os batimentos por minuto (bpm). Ao medir a FC em repouso, após um exercício e novamente após um breve descanso, é possível observar como o coração responde ao esforço e se recupera, um sinal claro do nível de condicionamento.
Segurança Aquática e Habilidades de Sobrevivência
Um nadador avançado deve ser um exemplo de segurança. Conhecer e aplicar as normas de segurança é essencial para prevenir acidentes. Algumas regras são universais e devem ser sempre lembradas:
- Nunca nade sozinho.
- Verifique a profundidade e as condições do local antes de entrar na água.
- Não corra na borda da piscina.
- Evite brincadeiras perigosas que possam colocar outros em risco.
- Em caso de raios, saia imediatamente da água.
A habilidade de flutuar por 5 minutos é uma técnica de sobrevivência crucial. Durante os primeiros 4 minutos, pode-se usar a flutuação de costas ou a flutuação vertical. No último minuto, com uma das mãos fora da água, a pernada precisa ser mais forte e constante para compensar a perda de um ponto de apoio, demonstrando controle e resistência.
Praticando o Resgate: Salvamento Simulado
Saber como agir em uma emergência é a marca de um desbravador preparado. A simulação de resgate com corda ou prancha segue o princípio de “alcançar, arremessar, não ir”, priorizando a segurança do socorrista. Ao usar uma corda ou toalha, o socorrista deve se deitar na borda para ter firmeza e estender o objeto à vítima.
Se for necessário entrar na água, o resgate deve ser feito com um objeto flutuante, como uma prancha ou boia. O socorrista se aproxima com cuidado, entrega o flutuador para a vítima se apoiar e só então a reboca para um local seguro. A avaliação da cena é vital; se a situação apresentar risco, a ação correta é chamar ajuda especializada, como os bombeiros (193).