Como Fazer a Especialidade de Filatelia – avançado – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Filatelia – avançado

Aprofunde seus conhecimentos no mundo dos selos com a Especialidade de Filatelia – avançado. Aprenda a classificar, expor e expandir sua coleção de forma profissional, cumprindo todos os requisitos para se tornar um verdadeiro especialista. Este guia prático para desbravadores mostra como cumprir todas as etapas e conquistar esta incrível especialidade.

Como fazer a Especialidade de Filatelia – avançado

Para iniciar a jornada na Especialidade de Filatelia – avançado, é fundamental já possuir a especialidade de Filatelia básica. Esse conhecimento prévio garante que o desbravador já domina os conceitos iniciais, como o manuseio correto dos selos e a história postal, preparando o terreno para desafios mais complexos e gratificantes.

Desvendando o Vocabulário do Filatelista

Um colecionador avançado precisa dominar termos técnicos que definem as características e o tratamento das peças filatélicas. Conhecer esse vocabulário é essencial para identificar e classificar os selos corretamente.

1. Carimbo: É a marca postal usada para cancelar o selo, impedindo que seja reutilizado. Geralmente informa a data e o local da postagem. Existem carimbos comemorativos, que celebram eventos, e os de primeiro dia de circulação.
2. Pertin: Um termo menos comum, que se refere a selos com letras ou símbolos perfurados. Empresas faziam essas perfurações para marcar os selos como de sua propriedade e evitar roubos por funcionários.
3. Bloco: Um conjunto de, no mínimo, quatro selos que não foram separados. Também pode se referir a um bloco filatélico, uma pequena folha com um ou mais selos e margens ilustradas que complementam o tema.
4. Molde: A chapa ou peça de impressão que contém o desenho do selo a ser replicado nas folhas. Desgastes ou defeitos no molde podem criar variedades raras e valiosas.
5. Pré-carimbado: Refere-se a correspondências que circularam antes da invenção do selo postal (no Brasil, antes de 1º de agosto de 1843), onde as marcas postais eram aplicadas diretamente no envelope.
6. Marca Característica: Uma particularidade ou originalidade encontrada em um selo que não é uma variedade de impressão.
7. Marca d’água: Um desenho translúcido feito na massa do papel durante sua fabricação. Visível contra a luz, serve como uma medida de segurança para atestar a autenticidade do selo e dificultar falsificações.
8. Pinça: A ferramenta mais importante para um filatelista. A pinça filatélica possui pontas finas e lisas, projetadas para manusear os selos sem causar dobras ou transferir a gordura dos dedos, o que poderia danificar a peça.

Expandindo sua Coleção para 750 Selos

Um dos grandes desafios da Especialidade de Filatelia – avançado é o crescimento e a diversificação da coleção. O objetivo é alcançar um total de 750 selos, com uma organização específica que demonstra um foco internacional. A coleção deve conter, no mínimo, 50 selos de pelo menos 5 países estrangeiros diferentes, totalizando 250 selos internacionais. Os 500 selos restantes podem ser do Brasil ou de outras nações.

Mas como conseguir tantos selos diferentes? Existem várias estratégias eficazes:

• Trocas: Participe de encontros em seu Clube de Desbravadores ou em grupos de filatelia para trocar selos repetidos com outros colecionadores.
• Lojas e Sites: Lojas de filatelia, físicas ou online, vendem lotes de selos mundiais ou de países específicos, sendo uma forma econômica de aumentar o volume e a variedade.
• Correspondência: Trocar cartas com amigos de outros países (pen pals) é uma maneira clássica e divertida de obter selos já carimbados de diversas partes do mundo.
• Família e Amigos: Peça a parentes e amigos que guardem os selos das cartas e cartões postais que recebem, especialmente de viagens internacionais.

Identificando e Organizando Selos com Catálogos

Com uma coleção em crescimento, a organização se torna crucial. É aqui que entram os catálogos filatélicos, ferramentas indispensáveis que listam selos por ordem de emissão, com imagens, descrições e um número de identificação único. Eles são a principal referência para qualquer colecionador sério.

Principais Catálogos de Referência

Para cumprir os requisitos da especialidade, é preciso conhecer pelo menos dois catálogos diferentes. Alguns dos mais importantes são:

• Catálogo RHM (Brasil): A referência máxima para selos e peças filatélicas brasileiras. É um catálogo nacional, focado exclusivamente nas emissões do Brasil.
• Catálogos Mundiais: Para identificar selos de outros países, existem catálogos internacionais renomados, como o Scott (popular nas Américas), Michel (Alemanha), Yvert & Tellier (França) e Stanley Gibbons (Grã-Bretanha).

Além dos impressos, plataformas online como StampWorld e Colnect funcionam como catálogos digitais gratuitos, permitindo a pesquisa e identificação de selos do mundo todo.

Organizando sua Coleção Passo a Passo

Usar um catálogo para organizar a coleção é uma habilidade central desta especialidade. O processo transforma uma pilha de selos em uma coleção organizada e fácil de consultar.

1. Separar por País: O primeiro passo é agrupar todos os selos por seu país de origem, que geralmente está impresso na peça.
2. Identificar no Catálogo: Dentro da seção do país, procure pelo selo, comparando a imagem, o tema e o valor facial com as listagens do catálogo, que são organizadas cronologicamente.
3. Anotar o Número: Ao encontrar o selo, anote seu número de identificação no catálogo (ex: RHM nº 850 ou Scott nº 1520).
4. Montar a Coleção: Em um álbum ou classificador, organize os selos por país e, dentro de cada país, em ordem numérica crescente, de acordo com o catálogo. Use pequenas etiquetas para indicar o número de catálogo e o ano abaixo de cada selo.

Montando uma Exposição de Selos Profissional

A etapa final da Especialidade de Filatelia – avançado é compartilhar o conhecimento adquirido. Isso é feito através de uma exposição de, no mínimo, 16 páginas, apresentada de forma artística e bem pesquisada. A montagem de uma exposição de qualidade envolve planejamento e cuidado com os detalhes.

• Escolha um Tema: Defina um tema para a exposição, como “Transportes no Brasil”, “Animais da América do Sul” ou a história de um país específico. Um tema torna a coleção coesa e interessante.
• Crie um Roteiro: Pesquise sobre os selos e crie uma história que será contada através das páginas. A primeira página deve ser um título, apresentando o tema da exposição.
• Layout Artístico: Organize os selos e envelopes de forma equilibrada nas folhas. Use folhas de álbum, brancas ou quadriculadas, para ajudar no alinhamento e deixe margens para um visual limpo.
• Etiquetas Descritivas: Cada peça deve ter uma etiqueta com informações importantes: país, ano de emissão, número de catálogo e uma breve descrição do que o selo representa. Isso demonstra a pesquisa cuidadosa.
• Proteção das Peças: Utilize protetores de selos (hawids) para fixar os selos na página. Eles protegem as peças e dão um acabamento profissional.