Como Fazer a Especialidade de Equitação – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter a especialidade de Equitação.
- Identificar em desenho de um cavalo, ou ao vivo, pelo menos 30 diferentes partes de um cavalo.
- Identificar em desenho ou em uma sela e freio:
- Sela Western (mínimo de 10 peças)
- Sela Inglesa ou Húngara (mínimo de 9 partes)
- Bridão ou Freio (mínimo de 7 partes)
- Demonstrar e explicar como montar e desmontar um cavalo adequadamente e com segurança, e demonstrar segurança e equilíbrio, permanecendo sentado no cavalo que esteja em pé sobre as patas traseiras.
- Preparar uma trilha simples, de 3 obstáculos colocados ao nível do chão.
- Cavalgar um cavalo em passo de marcha, em trilha, durante um mínimo de 8 horas cumulativas.
- Demonstrar e explicar os 3 tipos de marcha: Trotada, Picada e Batida.
Aprendendo sobre a Especialidade de Equitação – avançado
Aprofunde sua paixão por cavalos e conquiste a Especialidade de Equitação – avançado! Este guia prático para desbravadores detalha os requisitos para aprimorar suas habilidades de montaria, desde a anatomia equina até a navegação em trilhas e a compreensão das marchas. Prepare-se para se tornar um cavaleiro mais confiante e conhecedor.
Como fazer a Especialidade de Equitação – avançado
Para iniciar a jornada da Especialidade de Equitação – avançado, o primeiro passo é já ter concluído o nível básico. A especialidade de Equitação anterior forneceu a base essencial sobre segurança, cuidados e as técnicas iniciais de montaria, preparando o desbravador para desafios mais complexos e um conhecimento mais profundo do universo equestre.
Anatomia Equina: Conhecendo seu Parceiro de Montaria
Um cavaleiro avançado precisa conhecer seu cavalo em detalhes. Um dos requisitos fundamentais é a capacidade de identificar, seja em um diagrama ou em um animal ao vivo, ao menos 30 partes distintas da anatomia externa do cavalo. Esse conhecimento é crucial para entender a saúde, o movimento e a comunicação com o animal. Estudar a morfologia do cavalo fortalece o vínculo e a capacidade de cuidar dele adequadamente.
- Cabeça e Pescoço: Nuca, Crina, Orelha, Olho, Chanfro, Narina, Boca, Garganta, Topete, Ganacha.
- Tronco: Cernelha, Dorso, Lombo, Garupa, Peito, Espádua (Paleta), Flanco, Ventre, Costado.
- Membros: Braço, Antebraço, Joelho, Canela, Boleto, Quartela, Coroa, Casco, Soldra, Perna, Jarrete e Calcanhar.
- Outras Partes: Cauda, Barbelas, Axila e Coxa.
Equipamentos Essenciais: Dominando Selas e Embocaduras
Além de conhecer o cavalo, é vital dominar os equipamentos, conhecidos como arreios. A Especialidade de Equitação – avançado exige a identificação das partes de diferentes tipos de selas e embocaduras, cada uma com sua função específica.
A Sela Western e Suas Partes
Tradicionalmente usada para trabalho no campo e longas cavalgadas, a sela Western é robusta e confortável. Identificar suas partes é essencial para o uso correto e seguro. As peças principais incluem o Pito (ou Chifre), Assento, Cabeça da Sela, Olhal, Saia, Paralama, Loro, Estribo, Látego e Contra-látego.
A Leveza da Sela Inglesa
Mais leve e projetada para esportes como salto e adestramento, a sela inglesa (ou húngara, de estrutura similar) proporciona um contato mais próximo com o cavalo. Suas partes fundamentais são o Assento, Arção (dianteiro e traseiro), Aba, Suadouro, Coxim, Porta-estribo, Loro, Estribo e Cilha.
Comunicação e Controle: Bridão vs. Freio
As embocaduras são ferramentas de comunicação. O bridão age principalmente nos cantos da boca do cavalo (comissuras labiais) e é composto por um bocal e argolas. Já o freio possui um efeito de alavanca, atuando no queixo, nuca e boca do animal, e suas partes incluem bocal, hastes (pernas), barbela e olhais para a fixação das rédeas e da cabeçada.
A principal diferença é que o bridão tem ação direta, enquanto o freio utiliza uma alavanca para aplicar pressão em múltiplos pontos, exigindo mais habilidade do cavaleiro.
Técnicas de Montaria e Segurança Avançada
A segurança é a prioridade máxima na equitação. Demonstrar como montar e desmontar corretamente é um requisito chave, garantindo o bem-estar do cavaleiro e do cavalo. O procedimento deve ser feito sempre pelo lado esquerdo do animal.
- Para Montar: Segure as rédeas com a mão esquerda sobre a cernelha, coloque o pé esquerdo no estribo, impulsione o corpo para cima e passe a perna direita sobre a garupa, sentando-se suavemente.
- Para Desmontar: Retire o pé direito do estribo, incline-se para frente apoiando as mãos na sela, passe a perna direita por cima da garupa e deslize até o chão, mantendo o pé esquerdo no estribo para amortecer a descida.
O requisito sobre equilíbrio quando o cavalo se apoia nas patas traseiras testa a reação do cavaleiro em uma situação de risco. Atenção: não se deve provocar este comportamento. A reação correta para manter a segurança é inclinar o corpo para frente, abraçando o pescoço do cavalo. Isso desloca o centro de gravidade para a frente, ajudando o animal a retornar ao chão e evitando a queda do cavaleiro.
Desafios de Controle: Criando uma Trilha de Obstáculos
Para testar o controle e a confiança mútua, é preciso preparar uma trilha simples com obstáculos ao nível do chão. Essa atividade, um dos requisitos práticos da especialidade, aprimora a precisão na condução do cavalo.
- Tronco no Chão: Posicione um tronco ou poste com até 42 cm de altura e guie o cavalo para passar por cima a passo.
- Corredor de Balizas: Crie um corredor de 1,20 m de largura com balizas ou fardos de feno e passe pelo meio sem tocar nas laterais.
- Ziguezague: Coloque postes a cada 3,6 metros e contorne-os em um padrão de ziguezague, treinando a flexibilidade e resposta aos comandos.
- Círculo: Desenhe um círculo de 4,5 m de diâmetro e conduza o cavalo sobre a linha, demonstrando controle fino.
Ganhando Experiência: A Jornada de 8 Horas em Trilha
A prática leva à perfeição. Um dos requisitos mais importantes da Especialidade de Equitação – avançado é acumular no mínimo 8 horas de cavalgada em passo de marcha em trilhas. Esse tempo deve ser registrado em um diário, anotando data, duração e local, com a assinatura de um instrutor. As horas são cumulativas, podendo ser somadas em diferentes passeios. Cavalgue sempre acompanhado, leve itens de segurança e informe alguém sobre seu roteiro.
Entendendo os Andamentos: Marcha Batida, Picada e Trotada
Cavalos de raças brasileiras, como o Mangalarga Marchador, possuem andamentos característicos chamados de “marcha”. Compreender a diferença entre eles é essencial para um cavaleiro que busca a Especialidade de Equitação – avançado. A principal distinção está no apoio das patas no solo, o que afeta diretamente o conforto do cavaleiro.
- Marcha Batida: Um andamento de quatro tempos com maior tempo de apoio dos membros diagonais. Gera grande estabilidade e rendimento, com um som de cascos regular.
- Marcha Picada: Também de quatro tempos, mas com predomínio do apoio dos membros laterais. É extremamente confortável e suave, ideal para longas cavalgadas.
- Marcha Trotada: Uma marcha intermediária que possui um brevíssimo momento de suspensão entre as passadas diagonais. Gera um leve “tranco”, sendo mais suave que o trote comum, mas menos que as marchas puras.