Atividades Missionárias e Comunitárias

Como Fazer a Especialidade de Criacionismo – Desbravadores

Especialidade de Criacionismo

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

  1. O que é modelo e teoria científica?
  2. Quais as principais diferenças entre o modelo criacionista e o evolucionista?
  3. Escrever uma redação de, no mínimo, 500 palavras, com o tema: porque ser criacionista.
  4. Sob a mediação do instrutor, participar de um debate sobre como é possível harmonizar ciência e fé.
  5. Ler e responder o seguinte:
    1. 1 Timóteo 6:20 e 21. Que relação pode existir entre essa passagem e o evolucionismo?
    2. Gênesis 1 e 2. Pode alguém discordar destes textos e manter-se membro do povo remanescente? Justifique sua resposta.
  6. Cite, ao menos, 5 passagens do Espírito de Profecia que façam menção à idade ‘jovem’ da Terra.
  7. Pesquisar sobre a crença fundamental “a criação da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Demonstrar de forma satisfatória como fundamentar essa crença fundamental através da Bíblia, encontrando de memória, no mínimo, 5 passagens bíblicas que abonam essa ideia.
  8. Citar, ao menos, 15 objeções feitas pelos evolucionistas às crenças criacionistas. Escrever, ao menos, um parágrafo explicando de maneira bíblica e/ou científica como refutar cada uma dessas objeções.
  9. Ler os capítulos 6 a 9 de Gênesis. Após a leitura completar um dos seguintes:
    1. Realizar uma pesquisa e elaborar um cronograma detalhado sobre alguma teoria aceita por cientistas criacionistas sobre como aconteceram os fatos.
    2. Faça uma lista com, pelo menos, 5 menções bíblicas ao dilúvio e dê, ao menos, 5 evidências histórico-científicas do dilúvio.
  10. Participar de um encontro criacionista promovido por sua escola, faculdade, Clube, Igreja, distrito, região ou Campo. Com antecedência, escrever suas dúvidas para levar ao encontro e, em momento oportuno, apresentá-las a algum palestrante ou participante que possa saná-las através de embasamento bíblico e/ou científico.
  11. Pesquisar e demonstrar como argumentar em favor do criacionismo, utilizando 3 das seguintes questões:
    1. Do ponto de vista da biologia, o que são sistemas de complexidade irredutível? Como esses sistemas contradizem a teoria evolucionista?
    2. Do ponto de vista da geologia, pesquisar e desenhar um modelo criacionista da coluna geológica e compará-la com o modelo evolucionista. Explicar como as lacunas em ambos os modelos são completadas com bases filosóficas (não comprovadas cientificamente).
    3. Do ponto de vista da oceanografia, como a sedimentação oceânica tem indicado que os oceanos são ‘jovens’?
    4. Do ponto de vista da astronomia, como o afastamento progressivo da Lua, em relação ao centro gravitacional da Terra (levando-se em conta o ‘limite de Roche’) indica uma Terra (e Lua) jovem?
    5. Do ponto de vista da arqueologia, o que são fósseis de transição? Como a ausência deles argumenta em favor do criacionismo?

Aprendendo sobre a Especialidade de Criacionismo

Entender nossas origens é uma busca fundamental. A Especialidade de Criacionismo oferece uma jornada de descoberta sobre a criação divina, fortalecendo a fé com argumentos lógicos e evidências. Este guia ajudará os desbravadores a cumprir todos os requisitos e a desenvolver uma visão de mundo sólida e bem fundamentada.

Como fazer a Especialidade de Criacionismo

Entendendo os Termos: Modelo e Teoria Científica

Para começar a jornada na Especialidade de Criacionismo, é crucial entender dois conceitos. Um modelo científico é uma representação simplificada de algo complexo, usado para explicar e prever fenômenos. Já uma teoria científica não é um simples palpite; é uma explicação ampla e bem fundamentada sobre o mundo natural, apoiada por um vasto conjunto de fatos, leis e hipóteses testadas. Ambos são ferramentas essenciais na ciência.

Dois Modelos para as Origens: Criacionismo e Evolucionismo

O debate sobre as origens geralmente se concentra em dois modelos principais, que partem de bases muito diferentes. Compreender suas distinções é um passo importante para esta especialidade. O modelo criacionista e o evolucionista divergem em pontos fundamentais, como a origem da vida, a idade do nosso planeta e a natureza dos processos envolvidos.

  • Base de Conhecimento: O Criacionismo fundamenta-se na fé e no relato bíblico da criação em Gênesis. O Evolucionismo baseia-se em evidências científicas observáveis e na teoria da seleção natural.
  • Origem da Vida: O Criacionismo afirma que Deus criou as formas de vida de maneira especial e já complexas. O Evolucionismo propõe que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum universal através de mudanças graduais ao longo de bilhões de anos.
  • Idade da Terra: O Criacionismo de Terra Jovem defende uma idade de alguns milhares de anos. O Evolucionismo, baseado em datação radiométrica, estima a idade da Terra em cerca de 4,5 bilhões de anos.
  • Natureza do Processo: A criação é vista como um ato intencional e com propósito de uma inteligência superior. A evolução é descrita como um processo natural não guiado, movido por mutações aleatórias e seleção natural.

Construindo Argumentos: Por Que Acreditar na Criação?

Um dos requisitos da Especialidade de Criacionismo é elaborar uma redação sobre as razões para ser criacionista. Essa é uma oportunidade para organizar as ideias e aprofundar a convicção. A redação pode explorar como o criacionismo oferece um senso de propósito e significado, vendo cada pessoa como uma criação intencional de Deus. É uma visão de mundo que dá valor e dignidade à vida humana.

Outro ponto poderoso é o argumento do “Design Inteligente”. Conceitos como a complexidade irredutível sugerem que sistemas biológicos, como a coagulação do sangue ou o motor do flagelo bacteriano, são complexos demais para terem surgido por etapas aleatórias. Eles apontam para a necessidade de um Designer. Além disso, ser criacionista não significa rejeitar a ciência. Pioneiros como Isaac Newton viam a ciência como uma forma de entender a obra do Criador. A crença na criação também fortalece valores como o cuidado com o meio ambiente, a santidade do casamento e a observância do Sábado como memorial da semana criativa de Deus.

Diálogo Construtivo: Harmonizando Ciência e Fé

Participar de um debate sobre ciência e fé é uma excelente forma de aprender a dialogar. A chave é entender que ciência e fé não precisam ser inimigas. Elas podem ser vistas como duas lentes diferentes para enxergar a verdade. A ciência se destaca em responder “como” os fenômeros naturais funcionam, detalhando os mecanismos. A fé e a teologia buscam responder “por quê”, explorando o propósito e o significado por trás de tudo.

Muitos cientistas históricos eram pessoas de fé profunda e não viam conflito em suas investigações. O criacionismo não nega a ciência observacional, como a genética ou a adaptação das espécies (microevolução). A divergência está na interpretação das ciências históricas, que tratam de eventos únicos e não repetíveis do passado, como a origem da vida. A ideia de um “Designer Inteligente” serve como uma ponte, onde a ordem e a complexidade do universo são vistas como evidências que harmonizam a observação científica com a crença bíblica.

A Base Bíblica: Interpretando Passagens-Chave

A Bíblia é o alicerce da visão criacionista. Analisar textos específicos ajuda a fortalecer o entendimento. Dois trechos são particularmente importantes para esta especialidade:

  1. 1 Timóteo 6:20-21 e a “Falsa Ciência”: Esta passagem adverte contra o “conhecimento falsamente assim chamado”. Do ponto de vista criacionista, isso pode ser aplicado a teorias que, ao contradizerem o relato bíblico, desviam as pessoas da fé. O princípio é valorizar a revelação divina acima de filosofias humanas que se opõem a ela.
  2. Gênesis 1-2 e a Identidade Adventista: Para os Adventistas do Sétimo Dia, a crença na criação literal é fundamental. Discordar desses capítulos afeta doutrinas centrais como a origem do pecado, o plano da salvação, o casamento e, especialmente, o Sábado, que é o memorial de uma semana de criação com seis dias literais. Aceitar Gênesis é um pilar da identidade e da coerência teológica adventista.

A Perspectiva Profética sobre a Idade da Terra

Os escritos de Ellen G. White, considerados proféticos pela Igreja Adventista, apoiam consistentemente a visão de uma Terra jovem e uma criação em seis dias literais. Conhecer algumas dessas passagens é um dos requisitos da Especialidade de Criacionismo.

“Fundamentou a semana, como a temos agora, consistindo de sete dias literais.”

História da Redenção, p. 22

“Fui então reportada à criação, e vi que o mundo, na sua primeira criação, era perfeito e belo… Então vi que a geologia incrédula tinha feito mal. Os geólogos incrédulos pretendem que o mundo é muito mais velho do que o relato da Bíblia o faz ser.”

Dons Espirituais, vol. 3, p. 91-92

“As suposições da geologia baseiam-se numa primeira suposição que contradiz diretamente o registro mosaico. Afirmam que a terra emergiu do caos por si mesma e pelo seu próprio poder inerente.”

Signs of the Times, 20 de março de 1884

“A instituição do sábado, que tem sua origem em Éden, é tão antiga quanto o próprio mundo. Foi observada por todos os patriarcas, desde a criação.”

Patriarcas e Profetas, p. 111

“Muitos que professam crer no registro da criação, consideram os sete dias literais da criação como sete longos e indefinidos períodos; mas isto é uma porta aberta pela qual o ceticismo e o ateísmo podem entrar.”

Review and Herald, 5 de novembro de 1895

A Doutrina da Criação: Fundamentos e Versículos para Memorizar

A Crença Fundamental nº 6 da Igreja Adventista afirma que Deus é o Criador de tudo e que Gênesis apresenta um relato histórico de Sua obra em seis dias literais. Para fundamentar essa crença, é essencial memorizar passagens bíblicas que a sustentam.

  1. Gênesis 1:1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” – A declaração inaugural e definitiva da criação divina.
  2. Êxodo 20:8-11: “…porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou…” – Conecta o mandamento do Sábado diretamente à semana da criação literal.
  3. Salmo 33:6, 9: “Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir.” – Enfatiza o poder da palavra de Deus como a força criadora.
  4. João 1:1-3: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” – Identifica Jesus Cristo, o Verbo, como o agente ativo na Criação.
  5. Hebreus 11:3: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” – Afirma que a criação é compreendida pela fé e foi feita a partir do nada (ex nihilo).

Respondendo aos Questionamentos: Objeções Comuns ao Criacionismo

Estar preparado para responder a objeções é vital. A Especialidade de Criacionismo incentiva os desbravadores a conhecerem os argumentos e a saberem como refutá-los de forma bíblica e científica.

Objeção: O registro fóssil prova a evolução.
Refutação: O modelo criacionista argumenta que o registro fóssil, na verdade, apresenta um problema para a evolução. A ausência de inúmeros fósseis de transição e a aparição súbita de formas de vida complexas na “explosão cambriana” são evidências mais consistentes com uma criação súbita de tipos básicos distintos, em vez de uma mudança lenta e gradual.

Objeção: A Terra tem bilhões de anos, provado pela datação radiométrica.
Refutação: Os métodos de datação radiométrica baseiam-se em premissas não comprováveis sobre o passado, como as condições iniciais da rocha e a constância das taxas de decaimento. Além disso, existem diversas evidências geológicas, como a rápida erosão dos continentes e a presença de material orgânico (como Carbono-14) em fósseis e diamantes supostamente muito antigos, que apontam para uma Terra jovem.

Objeção: A semelhança entre o DNA humano e do chimpanzé prova um ancestral comum.
Refutação: A semelhança pode ser igualmente explicada por um Designer comum que utilizou um plano de design eficiente para criaturas com necessidades fisiológicas semelhantes. Além disso, as diferenças, embora percentualmente pequenas, representam milhões de pares de bases de DNA, uma quantidade gigantesca de informação genética distinta e complexa.

Analisando o Relato do Dilúvio

A leitura de Gênesis 6 a 9 é um requisito central. Após a leitura, o desbravador pode escolher entre duas atividades para demonstrar seu entendimento sobre este evento transformador.

Opção A: Cronograma Detalhado dos Eventos do Dilúvio

Com base em Gênesis 7 e 8, é possível criar um cronograma que mostra a progressão do Dilúvio, desde a entrada na arca até a saída, um ano e dez dias depois. Esse cronograma ajuda a visualizar a escala e a duração do evento, mostrando que a Bíblia fornece um relato detalhado e consistente.

Opção B: Menções Bíblicas e Evidências do Dilúvio

O Dilúvio não é mencionado apenas em Gênesis. Outros autores bíblicos, incluindo Jesus e Pedro, referem-se a ele como um evento histórico real. Além da Bíblia, existem fortes evidências que apoiam a ocorrência de uma catástrofe hídrica global.

  • Menções Bíblicas: Isaías 54:9, Mateus 24:37-39, Hebreus 11:7, 1 Pedro 3:20 e 2 Pedro 2:5.
  • Evidências Histórico-Científicas: Lendas sobre um dilúvio global em centenas de culturas; camadas de rocha sedimentar cobrindo continentes inteiros; cemitérios de fósseis massivos com soterramento rápido; e fósseis marinhos encontrados no topo de altas montanhas.

Argumentos Científicos em Favor do Criacionismo

Para concluir a Especialidade de Criacionismo, é preciso saber argumentar usando evidências de diferentes áreas da ciência. Aqui estão três exemplos poderosos.

Biologia: Complexidade Irredutível

Um sistema de complexidade irredutível é aquele que precisa de todas as suas partes para funcionar, como uma ratoeira. A remoção de uma única peça o torna inútil. O flagelo bacteriano e a cascata de coagulação sanguínea são exemplos biológicos. A evolução darwiniana, que exige que cada passo intermediário seja funcional e vantajoso, não consegue explicar a origem de tais sistemas. Eles precisam ter surgido completos e funcionais, o que aponta para um ato de criação deliberada.

Geologia: A Coluna Geológica

O modelo evolucionista interpreta a coluna geológica como um registro de bilhões de anos. Já o modelo criacionista a vê como o resultado da sequência de soterramento durante o Dilúvio de Gênesis, explicando a ordem dos fósseis pela destruição progressiva de diferentes ecossistemas. Ambos os modelos usam pressupostos filosóficos para preencher as lacunas nos dados. A interpretação das rochas depende da visão de mundo do cientista.

Paleontologia: A Ausência de Fósseis de Transição

Fósseis de transição, ou “elos perdidos”, seriam formas intermediárias entre os grandes grupos de seres vivos. Se a evolução gradual fosse verdadeira, o registro fóssil deveria estar cheio deles. No entanto, o que se observa é uma ausência marcante desses intermediários. Os fósseis mostram grupos distintos e totalmente formados, apoiando a ideia de Gênesis de que Deus criou os seres vivos “segundo as suas espécies”.

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