Como Fazer a Especialidade de Pacificador – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter, no mínimo, 15 anos.
- Ter a especialidade de Pacificador.
- Definir mediação e arbitragem e discutir as semelhanças e diferenças entre elas.
- Explicar a função e responsabilidades de um mediador e de um árbitro.
- Comparar litígio (conflito em que a decisão é dada por um terceiro) e conciliação e discutir as vantagens e desvantagens de cada uma.
- Identificar quais tipos de conflitos podem ser:
- Mediados
- Arbitrados
- Litigados
- Conciliados
- Cumprir um dos seguintes:
- Participar de uma arbitragem de conflito.
- Participar de uma mediação de conflito.
- Assistir a uma audiência de conciliação e a uma audiência de instrução e julgamento.
Aprendendo sobre a Especialidade de Pacificador – avançado
Aprenda a resolver conflitos como um verdadeiro líder! Este guia detalha os requisitos da Especialidade de Pacificador – avançado, ensinando sobre mediação, arbitragem e como aplicar essas habilidades na prática. Desenvolva sua capacidade de promover a paz no seu clube e na sua comunidade.
Como fazer a Especialidade de Pacificador – avançado
A jornada para conquistar a Especialidade de Pacificador – avançado aprofunda as habilidades de resolução de conflitos, transformando o desbravador em um agente de harmonia. Para iniciar, é fundamental atender aos pré-requisitos básicos: ter a idade mínima de 15 anos completos e já ter conquistado a especialidade de Pacificador, que serve como base para os conhecimentos mais complexos que serão abordados.
Entendendo Mediação e Arbitragem: Ferramentas para a Paz
No coração da Especialidade de Pacificador – avançado está a compreensão de métodos alternativos para resolver disputas. Dois dos mais importantes são a mediação e a arbitragem. Embora ambos busquem uma solução fora de um tribunal, eles funcionam de maneiras bem diferentes.
A Mediação é um processo colaborativo e voluntário. Nela, um terceiro neutro, o mediador, ajuda as pessoas em conflito a conversarem e a encontrarem, elas mesmas, uma solução. O mediador não decide nada, apenas facilita o diálogo. Já a Arbitragem é um método onde as partes escolhem um especialista, o árbitro, para agir como um juiz particular. Ele ouve os dois lados, analisa as provas e toma uma decisão final, que é obrigatória para todos.
Semelhanças e Diferenças Fundamentais
Para entender melhor, é útil comparar os dois métodos. Ambos são alternativas mais rápidas e confidenciais que um processo judicial e contam com um terceiro imparcial. A grande diferença está no poder de decisão: na mediação, as partes decidem; na arbitragem, o árbitro decide por elas. Isso torna a mediação mais flexível e focada no relacionamento, enquanto a arbitragem é mais formal, parecida com um julgamento.
O Papel do Mediador e do Árbitro
Conhecer as responsabilidades de quem conduz esses processos é um dos requisitos chave. Cada um tem uma função distinta na busca por uma solução.
Responsabilidades do Mediador
- Facilitar a Comunicação: A principal função é criar um ambiente seguro para que as partes possam dialogar, expressar seus sentimentos e entender o ponto de vista do outro.
- Manter a Neutralidade: O mediador não pode tomar partido. Sua imparcialidade é essencial para que as partes confiem no processo.
- Garantir a Confidencialidade: Tudo o que é dito em uma sessão de mediação é sigiloso e não pode ser usado fora dela.
- Guiar para o Consenso: Ele utiliza técnicas para ajudar as partes a identificarem seus reais interesses e a construírem um acordo que seja bom para todos.
Responsabilidades do Árbitro
- Atuar como Juiz: A função principal é analisar o caso, as provas e as leis para tomar uma decisão final sobre o conflito.
- Conduzir o Processo: O árbitro organiza o procedimento, garantindo que ambas as partes tenham a chance de apresentar seus argumentos e se defender.
- Ser Imparcial e Independente: Assim como o mediador, o árbitro deve ser totalmente isento e não ter qualquer relação com as partes que possa influenciar sua decisão.
- Emitir a Sentença Arbitral: Ao final, ele profere uma decisão escrita que tem a mesma força de uma sentença judicial e deve ser cumprida.
Litígio vs. Conciliação: Qual o Melhor Caminho?
Além da mediação e arbitragem, existem outras formas de lidar com um conflito. O litígio é o caminho mais tradicional: levar a disputa para o Poder Judiciário, onde um juiz tomará a decisão. Já a conciliação é um método mais simples, onde um conciliador ajuda as partes a chegarem a um acordo, podendo até mesmo sugerir soluções.
A conciliação é ideal para conflitos pontuais, como uma dívida ou um problema de consumo, enquanto o litígio é o processo formal nos tribunais, geralmente mais longo e caro.
Ambos têm vantagens e desvantagens. O litígio garante uma decisão final com força de lei, mas costuma ser caro, demorado e desgastante. A conciliação, por outro lado, é rápida, econômica e confidencial, mas depende da vontade das partes em cooperar para funcionar. Conhecer esses pontos é vital para um desbravador que busca a Especialidade de Pacificador – avançado.
Identificando o Método Certo para Cada Conflito
Uma habilidade importante para cumprir os requisitos da especialidade é saber qual método de resolução é mais adequado para cada situação. A escolha certa pode economizar tempo, dinheiro e preservar relacionamentos.
- Mediação: É perfeita para conflitos onde as pessoas precisam continuar convivendo, como disputas familiares, entre vizinhos, colegas de clube ou sócios de uma empresa.
- Arbitragem: Usada principalmente em disputas sobre contratos e negócios, que envolvem valores financeiros e sobre os quais as partes podem negociar livremente.
- Litígio: É o caminho para questões criminais ou quando as partes não conseguem chegar a um acordo por outros meios. É obrigatório para direitos que não podem ser negociados, como o estado civil de uma pessoa.
- Conciliação: Funciona bem para problemas objetivos e pontuais, como acidentes de trânsito (danos materiais), cobrança de dívidas ou questões de consumo.
Colocando a Teoria em Prática: A Experiência Real
A parte final da Especialidade de Pacificador – avançado exige uma experiência prática. O desbravador precisa vivenciar um desses processos para entender como eles funcionam na realidade. Existem três opções para cumprir este requisito.
A primeira e a segunda opções envolvem participar de uma mediação ou arbitragem. Como esses processos são confidenciais, a melhor maneira de realizá-los é através de uma dramatização no clube. O instrutor pode criar um caso simulado, como um desentendimento na unidade, e os desbravadores assumem os papéis das partes, do mediador ou do árbitro. Isso permite aplicar as técnicas aprendidas de forma segura e controlada.
A terceira opção, mais acessível, é assistir a audiências reais. As audiências de conciliação e de instrução e julgamento nos fóruns são, em geral, públicas. É possível verificar os horários no tribunal da sua cidade ou até mesmo assistir a sessões online, já que muitos tribunais transmitem as audiências virtuais. Essa experiência oferece uma visão direta de como o sistema de justiça funciona.
Para qualquer opção escolhida, o desbravador deve elaborar um relatório detalhado de, no mínimo, uma página. O documento deve descrever o que foi observado, analisar o processo e, no caso de assistir às audiências, comparar os dois tipos, explicando qual pareceu mais eficaz para resolver o conflito de forma satisfatória. Este relatório é a prova final do aprendizado adquirido na Especialidade de Pacificador – avançado.