Como Fazer a Especialidade de Música – básico – Desbravadores

REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:

Aprendendo sobre a Especialidade de Música – básico

Pronto para desvendar os segredos da música? Este guia para a Especialidade de Música – básico ensina tudo sobre harmonia, ritmo, claves e muito mais. Conclua seus requisitos e adicione uma nova e importante insígnia ao seu uniforme de desbravador, desenvolvendo um talento que pode ser usado para a vida toda.

Como fazer a Especialidade de Música – básico

O que é Música? A Arte que Organiza os Sons

Música é a arte de combinar sons e silêncios de maneira organizada e expressiva. Ela é uma forma de expressão cultural presente em todas as civilizações conhecidas, estruturada no tempo por meio de três elementos fundamentais: melodia, harmonia e ritmo. A palavra “música” vem do grego musiké téchne, que significa “a arte das musas”, as entidades que inspiravam as artes na mitologia grega. A organização intencional dos sons é o que diferencia a música de um simples ruído.

Os Pilares da Música: Melodia, Harmonia e Ritmo

Para entender como a música funciona, é essencial conhecer seus três pilares. Eles trabalham juntos para criar qualquer canção que você ouve, desde um hino simples até uma sinfonia complexa. Conhecer esses conceitos é um passo fundamental para completar os requisitos da Especialidade de Música – básico.

• Melodia: É a sucessão de notas musicais que formam a “voz” principal da música, a parte que geralmente cantamos ou assobiamos. É a linha contínua de sons que fica em nossa memória.
• Harmonia: É a combinação de diferentes notas tocadas ao mesmo tempo, criando acordes. A harmonia dá profundidade e textura à música, servindo como base para a melodia. Pense em alguém cantando (melodia) enquanto toca violão (harmonia).
• Ritmo: É a organização dos sons no tempo. Ele define a duração e a pulsação das notas e pausas, funcionando como o “coração” da música, que nos guia sobre como acompanhá-la.

As Quatro Propriedades do Som

Todo som, musical ou não, possui quatro características essenciais que o definem. Compreender essas propriedades ajuda a descrever e analisar qualquer som que ouvimos, sendo um conhecimento crucial para a área da música.

• Altura: Permite diferenciar um som grave (grosso) de um agudo (fino). É determinada pela frequência da onda sonora.
• Duração: Refere-se ao tempo que um som permanece, ou seja, se ele é curto ou longo. Nas partituras, é representada pelas figuras musicais.
• Intensidade: É a força ou o volume do som, o que o classifica como forte ou fraco. Está ligada à amplitude da onda sonora.
• Timbre: É a “identidade” ou a “cor” do som. É o que nos permite distinguir a mesma nota tocada por um violino e por uma flauta, por exemplo.

Decifrando a Partitura: O Papel das Claves

A Clave, do latim clavis (chave), é um símbolo no início da pauta musical que determina a altura e o nome das notas. Ela funciona como uma chave de leitura, estabelecendo uma nota de referência a partir da qual todas as outras são definidas. As claves mais comuns são usadas para diferentes registros de sons (agudos, médios e graves).

A clave é a primeira informação que um músico lê na partitura. Ela define todo o “mapa” de notas que virá a seguir.

Escrevendo a Escala de Dó Maior

Para cumprir este requisito da Especialidade de Música – básico, é preciso saber escrever a escala de Dó a Dó nas três claves principais:

• Clave de Sol: Usada para sons agudos, indica a nota Sol na segunda linha. A escala de Dó começa na primeira linha suplementar inferior.
• Clave de Fá: Usada para sons graves, indica a nota Fá na quarta linha. A escala de Dó começa no segundo espaço.
• Clave de Dó: Usada para sons médios, indica a nota Dó na terceira linha. A escala de Dó começa na própria terceira linha.

Medindo a Distância entre as Notas: Entendendo os Intervalos

Em música, Intervalo é simplesmente a distância de altura entre duas notas. Essa medida, feita em tons e semitons, é a base para a construção de melodias, acordes e escalas. Os intervalos podem ser melódicos (notas tocadas uma após a outra) ou harmônicos (notas tocadas ao mesmo tempo).

• Meio tom (ou semitom): É a menor distância entre duas notas na música ocidental, como de Mi para Fá.
• Um tom: Corresponde a dois semitons, como a distância de Dó para Ré.
• Uma terça: Abrange três notas da escala (ex: Dó-Mi). Pode ser maior (2 tons) ou menor (1 tom e meio).
• Uma quinta: Abrange cinco notas da escala (ex: Dó-Sol). O intervalo de quinta justa é muito importante na harmonia.
• Uma oitava: É a distância de oito notas, de uma nota até sua repetição mais aguda (ex: de um Dó ao próximo Dó).

Aplicando o Conhecimento: Tons, Semitons e a Leitura de Hinos

Os semitons naturais são os intervalos que ocorrem entre as notas que não possuem uma tecla preta entre elas no piano: Mi-Fá e Si-Dó. Todos os outros intervalos entre notas vizinhas na escala de Dó Maior são tons inteiros. Com esse conhecimento, um desbravador pode começar a ler partituras de hinos.

Para reconhecer as notas em um hino, siga estes passos:

1. Identifique a Clave: Veja qual clave está no início da pauta para saber a nota de referência.
2. Observe a Armadura de Clave: Verifique se há sustenidos (#) ou bemóis (b) após a clave, pois eles alteram notas específicas durante toda a música.
3. Leia Nota por Nota: Use a nota da clave como ponto de partida e identifique as outras notas nas linhas e espaços. Cantar o nome de cada nota ajuda a fixar a melodia.

O Universo da Orquestra: Conhecendo os Instrumentos

Uma orquestra é um grande grupo de músicos que tocam juntos, geralmente música de concerto. O termo vem do grego orkestra, o espaço em frente ao palco nos teatros antigos. Uma orquestra sinfônica é dividida em famílias, ou naipes, de instrumentos. Conhecê-los é parte importante desta especialidade.

• Cordas: Produzem som pela vibração de cordas. Exemplos: Violino e Violoncelo.
• Madeiras: Instrumentos de sopro, originalmente de madeira. Exemplos: Flauta e Clarinete.
• Metais: Instrumentos de sopro feitos de metal, onde o som vem da vibração dos lábios do músico. Exemplos: Trompete e Trombone.
• Percussão: Instrumentos tocados ao serem percutidos ou agitados. Exemplos: Tímpanos e Caixa-clara.
• Teclas: Instrumentos que possuem um teclado. Exemplos: Piano e Órgão.

Hora do Show: Dicas para sua Apresentação Musical

A parte prática da Especialidade de Música – básico envolve tocar ou cantar um hino para um grupo. O nervosismo é normal, mas a preparação correta pode garantir uma apresentação satisfatória.

1. Escolha a Música Certa: Selecione um hino que você goste e que seja confortável para sua voz ou habilidade instrumental.
2. Pratique Regularmente: A repetição leva à confiança. Ensaie até que a música se torne natural.
3. Prepare-se Mentalmente: Respire fundo antes de começar e visualize uma apresentação bem-sucedida.
4. Comece com um Público Amigo: Apresente-se para familiares ou amigos antes do dia oficial para ganhar confiança.
5. Conecte-se com a Mensagem: Foque na mensagem do hino, e não na preocupação com o que os outros pensam. Sua postura também comunica confiança.

Grandes Nomes da Música Sacra: A Biografia de Johann Sebastian Bach

Para completar os requisitos da especialidade, é preciso conhecer um grande compositor de hinos. Johann Sebastian Bach (1685-1750) é uma figura central na música barroca e um dos maiores compositores de música sacra da história. Nascido na Alemanha em uma família de músicos, Bach dedicou sua vida e seu talento a Deus, vendo sua música como uma forma de adoração.

Como Kantor da Igreja de São Tomás, em Leipzig, ele compôs centenas de cantatas, além de obras monumentais como a “Paixão Segundo São Mateus”. Bach não apenas criava melodias, mas também harmonizava hinos luteranos tradicionais, dando-lhes uma riqueza incomparável. Ele frequentemente assinava suas obras com “S.D.G.” – Soli Deo Gloria (Glória Somente a Deus). Seu legado, redescoberto no século XIX, continua a inspirar fé e admiração em todo o mundo, tornando-o um excelente tema para sua pesquisa da Especialidade de Música – básico.