Como Fazer a Especialidade de Criacionismo – avançado – Desbravadores
REQUISITOS DA ESPECIALIDADE:
- Ter as seguintes especialidades:
- Criacionismo
- Geologia
- Fósseis
- Explicar os seguintes termos:
- Cosmologia
- Cosmogênese
- Teoria do Design Inteligente
- Espécie de transição ou elo perdido
- Fóssil vivo
- Teoria do Big Bang
- Fazer uma pesquisa e relatar por escrito, pelo menos 500 palavras, aspectos do poder criador de Deus na natureza que demonstre propósito e planejamento.
- Diferenciar evolução (em seu sentido macro ou micro) de adaptação ao ambiente.
- Reler o relato bíblico do dilúvio e descrever sua influência sobre os seguintes:
- Deriva continental
- Relevo e clima
- Extinção em massa e formação dos fósseis
- Na interpretação criacionista, qual é a origem do homem e quem foram os homens da caverna?
- Qual é o argumento do relojoeiro de Paley?
- Relatar brevemente a experiência de Pasteur e explicar porque ‘vida somente provém de vida’.
- Fazer uma lista pessoal de 10 evidências científicas da criação (diferentes das abordadas nessa especialidade e na básica) e apresentar a seu Clube.
- Estudar a vida e contribuições de um cientista criacionista e contar esta história a um grupo de desbravadores durante um fogo de conselho ou outra reunião espiritual.
- Completar uma das seguintes atividades:
- Participar de forma ativa de um debate sobre: criacionismo x evolucionismo.
- Apresentar uma palestra em audiovisual de, ao menos, 30 minutos sobre algumas das evidências do requisito 9 desta especialidade para um grupo de desbravadores, ou igreja, ou evento criacionista.
- Apresentar 3 diferentes certificados de participação em encontros de cunho criacionista, com data inferior a 2 anos.
- Organizar um evento sobre criacionismo, com palestrante qualificado e reconhecido.
Aprendendo sobre a Especialidade de Criacionismo – avançado
Aprofunde seus conhecimentos sobre as origens com a Especialidade de Criacionismo – avançado, um desafio que explora evidências complexas e argumentos lógicos. Este guia prático ajudará os desbravadores a cumprir todos os requisitos e a fortalecer sua compreensão sobre o design inteligente na criação.
Como fazer a Especialidade de Criacionismo – avançado
Para iniciar a jornada na Especialidade de Criacionismo – avançado, é fundamental ter uma base sólida. Por isso, os desbravadores precisam ter concluído previamente três outras especialidades: Criacionismo (básica), Geologia e Fósseis. Esse conhecimento prévio garante que os conceitos sobre a origem da vida, a estrutura da Terra e os registros fósseis já são familiares, preparando o terreno para os temas mais complexos que virão.
Expandindo o Vocabulário: Termos-Chave da Criação
Compreender a discussão sobre as origens exige o domínio de alguns termos específicos. É importante saber a diferença entre eles para construir argumentos sólidos. A cosmologia é o estudo da estrutura e evolução do universo como um todo, enquanto a cosmogênese foca especificamente nas teorias sobre a sua origem. Outro conceito central é a Teoria do Design Inteligente (TDI), que argumenta que a complexidade dos seres vivos aponta para uma causa inteligente, e não para processos não direcionados.
No debate, surgem outros termos importantes. A ideia de espécie de transição ou elo perdido refere-se a fósseis que supostamente preencheriam lacunas evolutivas, cuja ausência é vista pelo criacionismo como uma evidência contrária à macroevolução. Já um fóssil vivo é uma espécie atual, como o peixe celacanto, que se assemelha muito a seus ancestrais fósseis, indicando pouca mudança ao longo do tempo. Por fim, a Teoria do Big Bang é o modelo científico predominante que descreve o início do universo a partir de um ponto de alta densidade, um modelo frequentemente questionado por alternativas criacionistas.
O Poder Criador de Deus na Natureza
Um dos requisitos centrais desta especialidade é a elaboração de uma pesquisa escrita, com no mínimo 500 palavras, que explore as evidências de planejamento e propósito na natureza. O objetivo é observar o mundo ao redor e identificar as “assinaturas” do Criador. A pesquisa pode abordar exemplos clássicos de complexidade e ajuste fino.
- A Complexidade do Olho Humano: Analise como partes interdependentes, como a córnea, a íris e a retina, precisam funcionar em perfeita sincronia, um sistema que desafia a ideia de uma formação por etapas aleatórias.
- O Ciclo da Água: Descreva como a evaporação, condensação e precipitação formam um sistema autossustentável e perfeitamente equilibrado, essencial para a vida no planeta.
- A Simbiose entre Abelhas e Flores: Detalhe a relação de interdependência, onde a estrutura das flores e o comportamento das abelhas são projetados para benefício mútuo, garantindo a polinização e a sobrevivência de ambos.
- O Código Genético (DNA): Apresente o DNA como uma molécula de armazenamento de informação, comparando sua complexidade e codificação a uma linguagem de software que aponta para uma inteligência por trás de sua origem.
- A Posição Privilegiada da Terra: Discuta os fatores finamente ajustados, como a distância do Sol e o campo magnético, que criam as condições ideais para a vida, conhecidas como a “Zona Cachinhos Dourados”.
Adaptação vs. Evolução: Entendendo as Diferenças
É crucial para a Especialidade de Criacionismo – avançado diferenciar claramente dois conceitos que são frequentemente confundidos. A adaptação, também chamada de microevolução, refere-se a pequenas variações que ocorrem dentro de uma mesma espécie ou tipo básico. Essas mudanças permitem que os organismos se ajustem ao ambiente, como as diferentes raças de cães ou mariposas que mudam de cor para se camuflar. O criacionismo aceita a adaptação como um mecanismo projetado por Deus para a sobrevivência das criaturas.
Por outro lado, a macroevolução é a teoria de que essas pequenas mudanças se acumulam ao longo de milhões de anos, transformando um tipo de organismo em outro completamente diferente, como um réptil se tornando uma ave. A perspectiva criacionista rejeita a macroevolução, argumentando que ela exigiria a criação de vasta quantidade de nova informação genética, algo que não é observado na natureza, e que o registro fóssil não apresenta as formas transicionais esperadas.
O Impacto Global do Dilúvio Bíblico
Após reler o relato de Gênesis 6-9, é preciso descrever a influência do Dilúvio em escala planetária. Segundo o modelo da Tectônica de Placas Catastrófica, o “rompimento das fontes do grande abismo” teria causado um movimento continental extremamente rápido, explicando a separação dos continentes e a formação de montanhas em meses, não em milhões de anos. Esse evento teria remodelado completamente o relevo e alterado o clima, possivelmente desencadeando uma Idade do Gelo devido à intensa atividade vulcânica. Além disso, o Dilúvio é visto como o evento responsável pela extinção em massa e pela formação da vasta maioria dos fósseis, soterrando rapidamente bilhões de organismos em condições ideais para a fossilização.
Origem da Humanidade e os “Homens da Caverna”
Na visão criacionista, o homem foi criado diretamente por Deus à Sua imagem, não sendo resultado de um processo evolutivo. Adão e Eva foram criados como seres humanos completos e inteligentes. Os chamados “homens da caverna”, como Neandertais, não são vistos como seres sub-humanos ou “elos perdidos”, mas como populações humanas que viveram após o Dilúvio. Em um mundo devastado, as cavernas serviam como abrigos práticos. Eram descendentes de Noé, plenamente humanos, que se adaptaram a condições hostis e usaram ferramentas de pedra por necessidade, não por falta de capacidade intelectual.
O Argumento do Relojoeiro: Complexidade e Propósito
A analogia do relojoeiro, popularizada por William Paley, é um argumento poderoso para a existência de um Criador. A lógica é simples: se você encontra um relógio na praia, com suas engrenagens e peças complexas funcionando juntas com o propósito de marcar o tempo, você conclui que ele teve um criador, um relojoeiro. Da mesma forma, ao observar a complexidade imensamente maior de um olho humano ou da asa de um pássaro, a conclusão lógica é que esses sistemas também devem ter tido um Projetista inteligente. Esta é uma das bases do estudo da Especialidade de Criacionismo – avançado.
De Onde Vem a Vida? O Experimento de Pasteur
O famoso princípio “vida somente provém de vida” (Biogênese) foi demonstrado experimentalmente por Louis Pasteur por volta de 1860. Em seus experimentos com frascos de “pescoço de cisne”, ele ferveu um caldo nutritivo para esterilizá-lo. O gargalo curvo permitia a entrada de ar, mas impedia que micro-organismos chegassem ao caldo, que permanecia sem vida. Ao quebrar o gargalo e expor o caldo ao ar, a contaminação acontecia rapidamente. Pasteur provou que a vida não surge espontaneamente da matéria inanimada, mas se origina de vida preexistente, um pilar fundamental da biologia e do criacionismo.
Dez Evidências Adicionais da Criação para Apresentar
Para cumprir os requisitos desta especialidade, os desbravadores devem pesquisar e apresentar uma lista com 10 evidências científicas da criação, diferentes das já abordadas. Essa pesquisa expande o repertório de argumentos e fortalece a compreensão do tema. A apresentação pode ser feita ao clube em formato de palestra ou cartaz.
- A Origem da Informação Genética: A informação codificada no DNA aponta para uma mente inteligente.
- O Ajuste Fino do Universo: As constantes físicas fundamentais são precisamente calibradas para a existência de vida.
- A Irredutibilidade do Flagelo Bacteriano: Um “motor” molecular que não funciona sem todas as suas partes, desafiando a evolução gradual.
- O Problema da Quiralidade: A vida usa apenas aminoácidos “canhotos”, algo que processos naturais não explicam.
- A Explosão Cambriana: O surgimento súbito da maioria dos filos animais no registro fóssil.
- A Existência de Leis Lógicas e Matemáticas: Leis abstratas e universais que sugerem uma mente legisladora.
- Carbono-14 em Fósseis e Diamantes: A presença de C-14 em amostras supostamente muito antigas sugere uma idade jovem.
- A Degradação do Campo Magnético da Terra: Seu decaimento aponta para uma Terra com milhares, e não bilhões, de anos.
- A Quantidade de Hélio na Atmosfera: A quantidade de hélio é muito menor do que o esperado para uma Terra antiga.
- A Consciência e o Raciocínio Abstrato: Fenômenos que não são explicados por processos puramente materiais.
Inspirando-se em Gigantes da Ciência Criacionista
Muitos dos maiores cientistas da história eram criacionistas convictos, demonstrando que fé e ciência caminham juntas. Para este requisito da Especialidade de Criacionismo – avançado, deve-se estudar a vida e as contribuições de um desses cientistas e contar sua história ao clube. A escolha pode incluir nomes como Isaac Newton, pai da física clássica; Louis Pasteur, pai da microbiologia; Johann Kepler, que descreveu as órbitas planetárias; ou cientistas contemporâneos como Raymond V. Damadian, inventor da ressonância magnética. O objetivo é mostrar como a fé em um Criador pode inspirar a busca pelo conhecimento científico.
Colocando o Conhecimento em Prática: Atividades Finais
Para concluir a Especialidade de Criacionismo – avançado, é preciso realizar uma atividade prática que demonstre o aprendizado. Os desbravadores devem escolher uma das seguintes opções:
- Participar de um debate: Engajar-se de forma ativa e preparada em um debate organizado sobre criacionismo versus evolucionismo, apresentando os argumentos de forma clara e respeitosa.
- Apresentar uma palestra: Criar e ministrar uma palestra audiovisual de no mínimo 30 minutos sobre as evidências da criação para um grupo de desbravadores, igreja ou evento.
- Apresentar certificados: Comprovar a participação em pelo menos três congressos, simpósios ou seminários sobre criacionismo ocorridos nos últimos dois anos.
- Organizar um evento: Planejar e executar um evento sobre criacionismo, convidando um palestrante qualificado para falar ao clube, igreja ou comunidade.